O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, disse ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o encontro do chefe do Executivo com os embaixadores, realizado semana passada, não teve teor político. A manifestação foi enviada à Corte neste domingo (24/7). A legenda argumentou ainda que foi um ato do governo e que não cabe à Justiça Eleitoral analisar as falas de Bolsonaro no evento.
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Bolsonaro diz que 'não há motivos para trocar ministros'Lula tem 9 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro, diz o IpespePesquisa: Bolsonaro tem 58% de rejeição; Lula, 42% Número de eleitores que votam no exterior cresce 39%, diz TSEBolsonaro: 'Preferem morrer de fome do que derrubar uma árvore'O PL alegou ainda que, embora Bolsonaro tenha a intenção de concorrer à reeleição, essa condição não "esvazia" sua atuação como presidente.
"É necessário repisar que a condição de pré-candidato à reeleição não esvazia o exercício da Presidência da República, no qual o primeiro representado permanecerá, no mínimo, até o fim de dezembro de 2022. Neste sentido, os atos que realize na condição de Chefe do Executivo encontram-se fora do escopo desta Especializada", afirmou a defesa.
No encontro com os diplomatas, o presidente fez uma série de ataques ao processo eleitoral brasileiro, além de disseminar fake news sobre as urnas eletrônicas. A sigla teve que se manifestar após diversos partidos de oposição acionarem a Justiça, entre eles, PDT, Rede e PCdoB e PT. Eles alegaram desinformação, propaganda antecipada e afirmaram que Bolsonaro buscou promoção pessoal visando as eleições, pois foram exibidas imagens das motociatas que ele vem promovendo em todo país. A legendas também pediram a retirada dos vídeos da reunião das redes sociais.
Reunião e ataques
A reunião foi realizada na segunda-feira passada, no Palácio da Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro atacou a Justiça Eleitoral e a integridade das urnas. O chefe do Executivo repetiu notícias falsas sobre o processo eleitoral e, mais uma vez, acusou, sem provas, os magistrados de tentarem “desestabilizar” o seu governo.
Após os ataques, o ministro Edson Fachin, presidente do TSE, deu recados duros ao chefe do Executivo. O magistrado disse que estão tentando “sequestrar a opinião pública” e que é hora de “dizer um basta”.
O "Beabá da Política"
A série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.