No primeiro dia útil após serem confirmados candidatos ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD) foram às redes sociais comentar sobre temas que já vinham sendo explorados pelas pré-campanhas. Nesta segunda-feira (25/7), o postulante à reeleição utilizou recorte em vídeo de entrevista concedida em junho, ao Estado de Minas, para criticar o antecessor Fernando Pimentel (PT). O ex-prefeito de Belo Horizonte, por sua vez, apontou falhas em estradas estaduais.
Na peça publicada, Zema menciona a indenização de R$ 37,68 bilhões que a Vale acordou pagar por causa da tragédia de Brumadinho, em 2019. O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, quatro anos antes, também é citado.
"Quem aplicou a maior multa para uma mineradora na história do mundo? Meu governo, com R$ 37 bilhões. Se fizer errado no meu governo, vai pagar muito caro. O governo que destruiu Minas Gerais, do Pimentel e do PT, aplicou uma 'multazinha' em Mariana que eu estou revendo agora", diz.
O governo quer finalizar ainda neste ano o novo acordo referente ao caso de Mariana. Representantes do Espírito Santo, outro estado impactado pela lama que afetou o Rio Doce, também participa das tratativas.
A equipe de Kalil, por sua vez, montou um compilado de vídeos, fotos e reportagens a respeito de problemas na malha rodoviária mineira. "Se o mineiro ganhasse R$ 1 por cada buraco que encontra na estrada...", ironiza. "As estradas de Minas estão abandonadas, largadas pelo atual governo", protesta.
A parte digital da campanha do pessedista, vale lembrar, está sob o comando da empresa que a ex-deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) mantém com uma sócia.
Ainda nas redes, Zema utilizou frase dita ao EM sobre ter "grande preocupação" com a ecologia. Ele tocou, ainda, no assunto referente à Serra do Curral, no centro de uma polêmica desde o fim de abril, quando o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) autorizou a atividade da Taquaril Mineração S.A (Tamisa) em uma porção de terras do local.
"Nada ali (na Serra do Curral) vai ser tocado", pontua, em outro trecho do vídeo.
"Aqui é o centro de apicultura do mundo, mas não tem como escoar o mel nessas estradas vergonhosas em que o governo vira a cara. Nós temos que dar infraestrutura para que a região possa crescer", disparou.
Zema, por sua vez, tem mencionado constantemente Fernando Pimentel nos comunicados que envia à imprensa quando questionado sobre temas ligados ao pleito deste ano.
"O governador vai seguir cumprindo suas agendas de governador para consertar os estragos do antigo governo Fernando Pimentel (PT), obedecendo as regras eleitorais", lê-se, por exemplo, em nota enviada ao EM no fim de junho, quando a reportagem fez questionamentos a respeito das estratégias e compromissos políticos de Zema até sua oficialização como candidato.
O candidato à reeleição intensificou as menções ao PT após Kalil firmar aliança com o presidenciável petista Luiz Inácio Lula da Silva. É do PT, aliás, que saiu o vice-candidato do ex-prefeito de BH, por meio do deputado estadual André Quintão, que, na Assembleia Legislativa, lidera os parlamentares de oposição ao governo.
Procurado pelo EM, Fernando Pimentel, que é candidato a deputado federal pelo PT neste ano, afirmou que os valores referentes a Mariana passaram pelo Judiciário.
"É lamentável que Zema faça política eleitoral com um episódio que causou a morte de 19 pessoas e a destruição do sistema ambiental em diversas regiões, em Minas Gerais e no Espírito Santo. Em segundo lugar, é sempre necessário ensinar algumas questões básicas para o governador do Novo: quem aplica multas ambientais, nestes casos, é a Justiça, não o Estado", pontua o ex-governador, em trecho de seu posicionamento.
Ele também questionou a postura do governador ante a questão ambiental. "Sob o atual governo, Minas registra 118 municípios na lista de desmatamento", afirma. "Zema, tente ser menos frio com o sofrimento das pessoas e evite reforçar sua imagem de um governante que acredita ser, Minas Gerais, uma loja de eletrodomésticos", termina.
Na peça publicada, Zema menciona a indenização de R$ 37,68 bilhões que a Vale acordou pagar por causa da tragédia de Brumadinho, em 2019. O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, quatro anos antes, também é citado.
"Quem aplicou a maior multa para uma mineradora na história do mundo? Meu governo, com R$ 37 bilhões. Se fizer errado no meu governo, vai pagar muito caro. O governo que destruiu Minas Gerais, do Pimentel e do PT, aplicou uma 'multazinha' em Mariana que eu estou revendo agora", diz.
O governo quer finalizar ainda neste ano o novo acordo referente ao caso de Mariana. Representantes do Espírito Santo, outro estado impactado pela lama que afetou o Rio Doce, também participa das tratativas.
A equipe de Kalil, por sua vez, montou um compilado de vídeos, fotos e reportagens a respeito de problemas na malha rodoviária mineira. "Se o mineiro ganhasse R$ 1 por cada buraco que encontra na estrada...", ironiza. "As estradas de Minas estão abandonadas, largadas pelo atual governo", protesta.
A parte digital da campanha do pessedista, vale lembrar, está sob o comando da empresa que a ex-deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) mantém com uma sócia.
Ainda nas redes, Zema utilizou frase dita ao EM sobre ter "grande preocupação" com a ecologia. Ele tocou, ainda, no assunto referente à Serra do Curral, no centro de uma polêmica desde o fim de abril, quando o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) autorizou a atividade da Taquaril Mineração S.A (Tamisa) em uma porção de terras do local.
"Nada ali (na Serra do Curral) vai ser tocado", pontua, em outro trecho do vídeo.
'Velhos' temas embalam troca de farpas
As alusões ao PT feitas por Zema e as críticas de Kalil às estradas têm embalado a disputa entre eles. Na sexta-feira (22), o ex-prefeito de Belo Horizonte esteve em Bocaiúva, no Norte mineiro, e apontou falhas nas rodovias que servem para dar acesso à cidade, importante polo da produção mineira de mel e derivados."Aqui é o centro de apicultura do mundo, mas não tem como escoar o mel nessas estradas vergonhosas em que o governo vira a cara. Nós temos que dar infraestrutura para que a região possa crescer", disparou.
Zema, por sua vez, tem mencionado constantemente Fernando Pimentel nos comunicados que envia à imprensa quando questionado sobre temas ligados ao pleito deste ano.
"O governador vai seguir cumprindo suas agendas de governador para consertar os estragos do antigo governo Fernando Pimentel (PT), obedecendo as regras eleitorais", lê-se, por exemplo, em nota enviada ao EM no fim de junho, quando a reportagem fez questionamentos a respeito das estratégias e compromissos políticos de Zema até sua oficialização como candidato.
O candidato à reeleição intensificou as menções ao PT após Kalil firmar aliança com o presidenciável petista Luiz Inácio Lula da Silva. É do PT, aliás, que saiu o vice-candidato do ex-prefeito de BH, por meio do deputado estadual André Quintão, que, na Assembleia Legislativa, lidera os parlamentares de oposição ao governo.
Pimentel responde
Procurado pelo EM, Fernando Pimentel, que é candidato a deputado federal pelo PT neste ano, afirmou que os valores referentes a Mariana passaram pelo Judiciário.
"É lamentável que Zema faça política eleitoral com um episódio que causou a morte de 19 pessoas e a destruição do sistema ambiental em diversas regiões, em Minas Gerais e no Espírito Santo. Em segundo lugar, é sempre necessário ensinar algumas questões básicas para o governador do Novo: quem aplica multas ambientais, nestes casos, é a Justiça, não o Estado", pontua o ex-governador, em trecho de seu posicionamento.
Ele também questionou a postura do governador ante a questão ambiental. "Sob o atual governo, Minas registra 118 municípios na lista de desmatamento", afirma. "Zema, tente ser menos frio com o sofrimento das pessoas e evite reforçar sua imagem de um governante que acredita ser, Minas Gerais, uma loja de eletrodomésticos", termina.