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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Janones chama Bolsonaro de covarde: 'Não aceita a derrota'

De acordo com o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro questiona o sistema eleitoral 'na certeza de que será surrado nas urnas'


26/07/2022 21:56 - atualizado 26/07/2022 23:31

Montagem: André Janones (Avante) e Jair Bolsonaro (PL)
André Janones (Avante) chama Jair Bolsonaro (PL) de 'covarde' (foto: Reprodução/Globoplay/ Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O deputado federal mineiro André Janones (Avante), candidato à presidência da República, chamou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “covarde” por atacar o sistema eleitoral. Segundo ele, o atual chefe do Executivo faz isso “na certeza de que será surrado nas urnas”. 

“A certeza da derrota é o motivo do questionamento ao sistema eleitoral. O presidente da República é um covarde que não consegue lidar com a possibilidade de perder as eleições”, declarou ele, em sabatina na Globonews, nesta terça-feira (26/7).

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Ele contou que tem consciência da pouca probabilidade de disputar o segundo turno em razão da baixa pontuação nas pesquisas de intenção de voto. “Não sou um lunático, tenho consciência da improbabilidade e não da impossibilidade de que eu vença as eleições”.

Por outro lado, conforme Janones, Bolsonaro apela para questionar as urnas eletrônicas, uma vez que os levantamentos o colocam abaixo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Ele (Bolsonaro), por ser um covarde e não conseguir enfrentar uma eleição em que ele não é favorito e sabe que a tendência é que ele perca, usa a estratégia mais covarde de todas que é atacar o sistema eleitoral e continuar dizendo para a base dele que só não venceu as eleições porque o sistema foi fraudado”.

Em seguida, deputado explica: “Reforça o viés totalmente negacionista. Ele deu uma declaração recente de que a prova que tem de que está na frente é que quando faz as motociatas dele, que eu prefiro chamar de ‘mortociata’, tem muitas pessoas presentes e outros candidatos não conseguem levar tantas pessoas nas ruas.”

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Convenção do Avante como exemplo


O deputado citou a convenção nacional de seu partido, o Avante, no último sábado (23/7), no Minascentro, em Belo Horizonte. “Se eu fosse adepto ao negacionismo bolsonarista, diria para vocês que tenho absoluta convicção da minha vitória para presidência da República diante meu número nas redes sociais”, afirmou.

“Ou diante do fato de que, na nossa convenção de sábado, a gente teve o maior público até hoje no lançamento de pré-candidaturas e candidaturas nesse ano, no processo eleitoral em 2022. Creio eu, não tenho esses dados oficiais, mas pelo menos pelo visual”, contou.

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“O Minascentro em Belo Horizonte estava absolutamente lotado e centenas de pessoas ficaram de fora sem conseguir entrar. O que isso significa em termos eleitorais? Absolutamente nada”, apontou.

“Significa que as pessoas aceitaram meu convite de ir acompanhar a convenção. Bolsonaro transforma isso na justificativa para dizer que o sistema vai fraudar as eleições, que as pesquisas são falsas e que ele, portanto, vai vencer as eleições se a gente tiver um sistema que para ele é confiável”, completou.

Por fim, ele concluiu: “Covardia e certeza da derrota (faz Bolsonaro duvidar do sistema eleitoral). A certeza que vai ser surrado nas urnas.”


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