André Janones (Avante), deputado federal e candidato à presidência da República, afirmou que o Brasil não pode ter pessoas racistas no governo. A declaração foi alusiva à atuação do jornalista Sérgio Camargo (PL) na Fundação Palmares.
"Não podemos ter um racista na Fundação Zumbi dos Palmares, como aconteceu no governo Bolsonaro", pontuou Janones, em entrevista nesta terça-feira (26/7) à Globonews.
Ao ser questionado sobre as propostas para manter os jovens que fazem uso da Lei de Cotas para o Ensino Superior nas universidades, André destacou que é importante ter "mais representantes destas comunidades (baixa renda, negros, pardos e indígenas) à frente de Fundações".
Ao ser questionado sobre as propostas para manter os jovens que fazem uso da Lei de Cotas para o Ensino Superior nas universidades, André destacou que é importante ter "mais representantes destas comunidades (baixa renda, negros, pardos e indígenas) à frente de Fundações".
Na opinião do parlamentar mineiro, a Lei de Cotas, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 2012, precisa ser aperfeiçoada. Ele propôs duas medidas.
A primeira é determinar que as instituições de ensino superior passem a aplicar as cotas sociais e raciais aos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.
A segunda é aumentar a fiscalização para que contemple alunos negros, pardos e indígenas, pois, segundo Janones, "hoje existem muitas fraudes".
Fundação Palmares
Sérgio Camargo deixou a presidência da Fundação Palmares para concorrer a deputado federal por São Paulo. Ele ocupou o cargo de janeiro de 2019 a 31 de março de 2022 e colecionou várias polêmicas.
Em 2019, Camargo disse que "a escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes". Também frisou que racismo existe nos Estados Unidos e não no Brasil.
Em outra oportunidade, chamou uma mãe de santo de "filha da puta macumbeira" e retirou os nomes de Benedita da Silva, Marielle Franco, Elza Soares e até Zumbi dos Palmares, que dá nome à Fundação.