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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Ciro defende estado laico e acusa Bolsonaro de manipular evangélicos

Presidenciável avaliou que é necessário 'proteger até mesmo aqueles que não têm fé e não compreendem a transcendência do divino'


27/07/2022 23:54 - atualizado 28/07/2022 01:27

Ciro Gomes
Candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) diz que é dever do governo proteger a tolerância religiosa (foto: GloboNews/Reprodução)
O candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT) acusou Jair Bolsonaro (PL) de manipular a fé de seu eleitorado para fins políticos. “O estado brasileiro é laico. Isso significa que não se pode perseguir ou preferir religiões em detrimento de outras”, iniciou o ex-governador do Ceará.

Conforme o presidenciável, “é dever do governo proteger a tolerância religiosa”, o que implica “as diversas formas de adoração à Deus”. “Temos que proteger até mesmo aqueles que não têm fé e não compreendem a transcendência do divino”, avaliou Ciro em entrevista à GloboNews.

Na sequência, ao direcionar sua fala para religiosos que apoiam o chefe do Executivo, Ciro mirou sua crítica em Bolsonaro. “Falo para todos os cristãos, mas especialmente para os evangélicos que o Bolsonaro tem tentado manipular: a Constituição de 1824 no Brasil obrigou que a religião oficial fosse a católica. Veio a República, em linha com as melhores práticas internacionais, e cria o estado laico”, iniciou.

“O Bolsonaro manipula como se isso fosse transformar o estado em materialista. Não é isso. O estado apenas não pode impor ao católico, que faria de todos os evangélicos marginais à lei constitucional brasileira. Não podemos matar pessoas ou quebrar terreiros de umbanda. Todas as vezes que a política manipulou a religiosidade do povo resultou em genocídio e radicalismo”, concluiu.

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Em adicional nas redes sociais, o pedetista pontuou que “a democracia é a única forma de vivermos de forma civilizada”. “Eu sei que a democracia está fracassando porque não basta ter liberdade de ler, ouvir e se organizar. É preciso comer, trabalhar e receber salário digno. Mas isso a gente consegue também!”.


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