O deputado federal André Janones (Avante-MG), candidato à Presidência da República, voltou a defender, nas redes sociais, um auxílio permanente de R$ 600 para os mais vulneráveis. Ele ressaltou que quer ajudar 33 milhões de brasileiros que passam fome. O comentário chamou a atenção do concorrente ao pleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que reforçou: “Estamos juntos nessa causa”.
Nas redes sociais, Janones fez um relato sobre sua candidatura ao Planalto. “Uma vez me perguntaram por que eu quero ser presidente do Brasil, e eu respondi que eu não quero ser presidente do Brasil, mas sim mudar a vida das pessoas, e que a Presidência da República é apenas o meio mais rápido para que isso ocorra”, disse.
“O meio mais rápido para que 33 milhões de pessoas tenham o que comer. O meio mais rápido para acabar com a insegurança alimentar que atinge hoje mais de 100 milhões de brasileiros”, ressaltou.
Ele garantiu que para ajudar esses brasileiros, é necessário que o governo federal libere um auxílio permanente. “O meio mais rápido para levar um auxílio de R$ 600 ao povo de forma PERMANENTE, sem fazer disso moeda de troca em período eleitoral. O meio mais rápido para que a mãe solo receba o auxílio em dobro, e assim seus filhos tenham condições de um futuro melhor, e principalmente, que tenham DIGNIDADE!”, disse.
“E foi por isso, que eu me lancei candidato à Presidência do Brasil: pra defender a democracia brasileira, que hoje corre risco, e através dela realizar tudo isso!”, concluiu.
Logo depois, o ex-presidente Lula elogiou o parlamentar: “Fico feliz. Essa também é a causa que me motiva na política, estamos juntos nisso. Vamos conversar”.
Encontro de Janones e Lula
Janones contou, na última terça-feira (26/7), em sabatina na GloboNews, que se encontrou com o petista há cerca de 15 dias. Ao contrário do que foi especulado, o deputado contou que o pedido de retirada da sua candidatura à Presidência não foi levantado.
“Ele e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, me procuraram por um bom tempo e a gente realizou esse encontro pessoalmente. Mas não foi feita nenhuma proposta no sentido de que alguma pauta que para mim ou para o povo que eu represento é cara, fosse encampada pelo ex-presidente Lula”, disse, em entrevista à Globonews.
“Lula falou sobre minha trajetória, o papel que desempenho na defesa da democracia. O único pedido que ele me fez foi para que eu refletisse sobre qual o papel que eu quero desempenhar na defesa da democracia nos próximos quatro anos.”
O político do Avante revelou ainda um diálogo sobre uma possível desistência. “Me disse que não teria moral para pedir que eu desistisse da minha candidatura porque ele disse que me vê tão teimoso quanto ele.”
Segundo Janones, Lula comentou que se tornou presidente do Brasil após muita insistência. Antes das vitórias sobre José Serra, em 2002, e Geraldo Alckmin, em 2006, o petista foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998, e Fernando Collor, em 1989.
“Ele disse que, quando se colocou como candidato lá atrás, as pessoas sempre diziam que ele deveria desistir porque não tinha chance e se ele não tivesse insistido, não teria sido presidente da República por oito anos."