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Estado de Minas SENTIU?

Bolsonaro 'assina' manifesto em favor da democracia em rede social

Após o manifesto da USP em defesa do Estado democrático de Direito, presidente fez uma carta no Twitter. Bolsonaro também criticou posicionamento da Fiesp


29/07/2022 09:13 - atualizado 29/07/2022 09:29

Bolsonaro na convenção do PL
Bolsonaro afirmou ser favorável à democracia e questionou se o posicionamento da USP tem relação com "lado" político (foto: MAURO PIMENTEL / AFP)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu ao manifesto em defesa da democracia lançado nesta semana pela Universidade de São Paulo (USP). No mesmo dia em que a carta alcançou 300 mil assinaturas, o mandatário usou seu Twitter para declarar ser favorável à democracia.


Na postagem, ele ‘assina’ uma carta de manifesto em favor da democracia. Em seguida, os apoiadores do presidente responderam à publicação, afirmando subscrever ao manifesto do ocupante do Planalto. Com mais de 6 mil comentários e 12 mil compartilhamentos, os tuítes levaram os termos “subscrevo” e “assinado” aos assuntos mais comentados da rede social. 


Mas Bolsonaro parece não ter aceitado bem o manifesto da USP, que defende o sistema eleitoral brasileiro e não cita seu nome. Isso porque, ainda na rede social, ele questionou: “Se eu defender menos transparência nas eleições, financiar ditaduras comunistas na América Latina, manter (sic) diálogos cabulosos com o narcotráfico e tentar controlar a mídia, serei chamado de democrata? Ou na verdade isso não depende do que se diz, mas de que lado você está?”.

Bolsonaro ‘sentiu’?


Além do documento da comunidade acadêmica, o candidato à reeleição desacreditou o manifesto elaborado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). A entidade prepara um documento próprio, que será publicado em jornais de circulação nacional e lido durante evento na Faculdade de Direito da USP, no dia 11 de agosto.

 


O texto deve ser assinado pela Federação Brasileira de Bancos e será intitulado de “Em defesa da Democracia e da Justiça”. De acordo com as instituições, o documento deve focar em defender que “o respeito ao estado de direito e o desenvolvimento são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios”. As informações são do G1.


Durante live realizada ontem, Bolsonaro comentou o documento. “É uma nota política em ano eleitoral. ‘Olha é melhor a democracia com o ladrão do que um outro regime com o honesto’. Agora, qual outro regime com o honesto? Que regime é esse? Não consigo entender”, disse.


Em seguida, ele se defendeu. “Estão com medo do quê? Estou há 3 anos e meio no governo e nunca tive uma palavra minha, uma ação, um gesto. Nunca falei em controlar mídia, em controlar mídias sociais, em democratizar a imprensa, nada. Então, por que isso?”, questionou.


Bolsonaro ainda afirmou que, se não tivesse viés político, assinaria a nota da Fiesp. “Mas voltou para o lado da defesa de outro poder. Eu acho que o equilíbrio entre os poderes deve existir e nós sabemos por onde é que anda o desequilíbrio aqui no Brasil”, concluiu, alfinetando o poder judiciário, alvo frequente de críticas dos bolsonaristas. . 


O posicionamento do presidente fez com que opositores debochassem, dizendo que ele ‘sentiu’ a manifestação da comunidade acadêmica da USP e dos empresários da Fiesp. O termo ficou em alta nas redes sociais e usuários ainda lembraram a diferença das intenções de voto entre Lula (PT) e Bolsonaro. Veja algumas reações:

 

 


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