O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (29/7), que neste ano haverá o tradicional desfile do 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, em Brasília e no Rio de Janeiro. O evento não ocorria desde 2019, devido à covid-19.
"O que está previsto? Um desfile às 10h aqui em Brasília e às 16h em Copacabana", relatou em conversa com apoiadores, no Palácio do Alvorada.
Em convenção nacional do PL no último dia 24, o presidente convocou apoiadores para participar das manifestações da data, clamando para manifestantes irem às ruas "pela última vez". Ele também voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).
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PSB formaliza apoio à campanha de Lula com AlckminCiro Gomes assina carta em favor da democraciaLuciano Bivar desiste de ser candidato à PresidênciaGeraldo Alckmin: 'É hora de Bolsonaro ir embora'Em 180 caracteres, Bolsonaro escreve carta pela democracia“Nós somos a maioria, somos do bem e temos disposição para lutar por liberdade e pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo vá às ruas no 7 de setembro pela última vez. Vamos às ruas pela última vez", disse na ocasião na qual ainda chamou os ministros do STF de "surdos de capa preta".
Em junho, o presidente disse que o mote dos movimentos que ocorrerão paralelamente serão as pautas ideológicas e "eleições auditáveis". E que o evento também servirá de "demonstração pública" de apoio para as eleições.
"Olha, o que está sendo organizado, por exemplo, é o 7 de setembro. É onde a presença do povo estaria dando uma demonstração de que lado eles estão. Do lado da ordem, da lei, da ética, da democracia, da defesa da família, contrário ao aborto. Eles querem eleições limpas, transparentes. Nós não estamos preocupados se fulano de tal vai ser eleito presidente desde que as eleições sejam transparentes e limpas e possam ser auditáveis."
No ano passado, no dia 7 de Setembro em discurso na Esplanada, Bolsonaro usou a ocasião para atacar ministros do STF e chamou Alexandre de Moraes de "canalha", em discurso em São Paulo. O presidente ainda disse que a partir daquele momento, não obedeceria nenhuma decisão que partissem do ministro. A declaração gerou uma das maiores crises institucionais da gestão, mas uma carta escrita com a ajuda do ex-presidente Michel Temer, ajudou a acalmar o embate.