Quando associado ao aliado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), lidera a disputa pelo governo mineiro. Segundo levantamento do Instituto F5 Atualiza Dados, divulgado com exclusividade pelo Estado de Minas, o pessedista tem 41,5% das intenções de voto no cenário que atrela, a presidenciáveis, os candidatos ao Palácio Tiradentes. Candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo) aparece com 31,7% ao ser relacionado ao correligionário Felipe d'Avila.
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A professora Vanessa Portugal, do PSTU, quando ligada à correligionária Vera Lúcia, fica com 1,5% - sozinha, ela tem 2,1%. Portanto, oscila dentro da margem de erro de 2,5 pontos.
Marcus Pestana (PSDB), ex-deputado federal, aparece com 0,7% no cenário em que dá palanque à senadora Simone Tebet, presidenciável do MDB. O tucano, no entanto, anunciou que vai caminhar ao lado de Ciro Gomes (PDT). Ele publicizou o apoio ao pedetista quando o questionário que baseia a pesquisa já estava registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Depois, vem a doula Renata Regina (PCB), que consegue 0,6% na configuração em que é atrelada à presidenciável comunista Sofia Manzano. A professora Lorene Figueiredo (Psol), apresentada como independente, tem 0,4%. O partido dela, vale lembrar, apoia a campanha presidencial de Lula.
Empatada tecnicamente com Vanessa, Pestana, Renata e Lorene, a militante em prol dos direitos da mulher Indira Xavier, da Unidade Popular (UP), tem 0,2%. Aos entrevistados, ela foi apresentada como parceira política de Leonardo Péricles, candidato da UP ao Palácio do Planalto.
No cenário com apoios, há 9,7% de eleitores mineiros indecisos. Outros 5,5% estudam a possibilidade de votar nulo ou em branco. Não houve abstenções.
Desafio de Kalil é converter apoio de Lula em votos
O apoio de Lula e Kalil foi fechado em maio. Para viabilizar a aliança PSD-PT, o deputado federal petista Reginaldo Lopes retirou a pré-candidatura ao Senado. O grupo, então, resolveu caminhar em prol da reeleição do pessedista Alexandre Silveira.
A costura envolveu, ainda, uma mudança nas tratativas sobre o candidato a vice-governador na chapa do ex-prefeito. A ideia inicial de Kalil era ser acompanhado por Agostinho Patrus (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Para conceder espaço formal ao PT na coalizão, contudo, Agostinho cedeu o posto ao deputado estadual petista André Quintão, líder da oposição a Zema no Parlamento mineiro.
Domilson Coelho, diretor-executivo da F5, aponta que Kalil ainda precisa afinar as estratégias para converter, em votos, o endosso de Lula à sua candidatura.
"Kalil é muito conhecido na Região Metropolitana de BH, mas no interior, Zema tem maior força. O governador é muito conhecido em todas as regiões - até mesmo por ser o atual ocupante do cargo. Isso o coloca em situação confortável", diz.
A pesquisa
O nível de confiança dos resultados vistos na pesquisa F5/EM é de 95%. Para a obtenção dos números, foram feitas 1.625 entrevistas presenciais entre os dias 25 e 28 de julho. A sondagem está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-09704/2022 e BR-05714/2022.