Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência da República nas eleições de outubro de 2022, referendou neste sábado (30/07) o apoio do PDT ao PSDB e ao nome de Marcus Pestana (PSDB) ao Governo de Minas. O aceno pela aliança ficou claro pouco antes, durante a convenção eleitoral do partido.
"O governador Zema, talvez ali 15 dias antes das eleições, não era sequer mencionado. Porque as pessoas querem tratar a pesquisa como se substituísse a vontade, a atenção, o nível de preocupação que as pessoas têm. E eu acho que Minas Gerais vai começar gradualmente, ao tempo mineiro, que é um tempo lindo, gradualmente olhando ali, com a desconfiança justa que o mineiro tem de todos esses pacotes feitos", iniciou Ciro, durante entrevista coletiva em evento do PDT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte.
"O que eu quero lembrar é que não faz um ano, quero dizer, não faz dois anos, um ano e meio atrás, eu estava ajudando o Kalil, não estou arrependido disso, e o PT tirou com com um bom quadro, acho que o sexto lugar em Belo Horizonte com o Nilmário Miranda. Será que esse antipetismo generalizado sumiu? Escafedeu-se? Acho improvável. Quer ver? Espere um pouco, que o povo mineiro vai eleger Pestana governador", completou.
Lula e Bolsonaro "lambanceiros"
Bolsonaro e Lula, rivais de Ciro no pleito, foram chamados de "lambanceiros" pelo pedetista. "A gente precisa ter muito cuidado para não entrar na lambança do Bolsonaro e do Lula, que são dois lambanceiros profissionais bastante habilidosos. O que está acontecendo do lado do Bolsonaro? Você tem uma inflação, que na sexta básica, no consumo popular, passa de 30%. Você tem um salário mínimo brasileiro com o pior poder de compra dos últimos 20 anos", listou junto a outras questões.
O presidenciável também afirmou que Bolsonaro está cercado de pessoas corruptas, como filhos e ex-mulheres, e que tem um governo corrupto. Sobre Lula, o pedetista questionou o fato de o petista ter colocado o chamado orçamento secreto como mais grave que o mensalão.
Ciro em BH
Estava prevista a presença de Ciro Gomes e apoiadores neste sábado para a convenção eleitoral do PDT, iniciada às 14h na Assembleia, na capital mineira. Contudo, Ciro atrasou, segundo ele, por causa de outras agendas - esteve nas cidades de São Paulo-SP, Curitiba-PR e Porto Alegre-RS neste sábado.
A convenção aconteceu, os deputados foram lançados, a aliança com o PSDB ficou clara - deve ser confirmada no evento dos tucanos, na sexta-feira -, e Ciro não apareceu. O presidenciável chegou à ALMG por volta das 18h30.
O evento contou com novos discursos de Bruno Miranda, Marcus Pestana e Carlos Luppi, presidente nacional do PDT, e Ciro Gomes.