A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi anunciada como a candidata a vice-presidente na chapa de Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto. A chapa feminina é formada dentro da federação entre MDB e PSDB, com o slogan "Amor e Coragem".
Nas redes sociais, as duas já são representadas pela hashtag #ElasSim, em referência ao #EleNão utilizado na campanha presidencial de 2018, contra Jair Bolsonaro.
No evento, Mara agradeceu Simone Tebet pelo convite e relatou a emoção de ser a primeira mulher com deficiência candidata à vice-presidência.
"Estou lisonjeada de ter uma mulher como a Simone para ser vice dela. Assistindo essa mulher, que dentro da CPI da COVID, trabalhou de um jeito com ciência, com consciência, com responsabilidade e compromisso, com profissionalismo profundo, com ética, com vontade de ver o Brasil melhorar. A Simone é a primeira mulher a ser candidata à presidência com outra mulher do lado dela, uma mulher com deficiência”, disse.
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O nome surgiu depois de as alas do PSDB encerrarem as investidas em torno do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para a chapa, que já havia dito que não tinha interesse no cargo. Durante o anúncio, Tasso esteve presente e afirmou que a decisão por Mara Gabrilli no lugar dele era a melhor opção.
“Em determinado momento, meu nome foi levantado, no entanto nós decidimos não tomar nenhuma decisão precipitada, mas sim uma decisão que fosse pensada. E percebemos que nada representaria melhor esse momento em que nós precisamos dar uma reviravolta nisso que a gente vive. Estamos entregando ao nosso país a chapa perfeita”, disse Jereissati.
O nome da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também chegou a ser cotado. Ambas participaram da bancada feminina da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, mas apesar de Eliziane afirmar que aceitaria o convite quando ele fosse oficialmente feito, Tebet ainda tinha a preferência em se unir com Tasso Jereissati.
Como o senador não queria ser parte da chapa, o PSDB precisou correr para arrumar um novo nome. O alinhamento que possibilitou a escolha de Mara Gabrilli foi justamente a federação criada entre os dois partidos, que ocorreu após o MDB decidir apoiar a reeleição de Eduardo Leite, do PSDB, ao governo do Rio Grande do Sul. Dessa forma, o caminho ficou livre para os dois partidos se unirem no plano nacional.
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