A advogada, professora, escritora e senadora da República pelo estado de Mato Grosso do Sul, Simone Nassar Tebet, 52 anos, é a grande aposta do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) como pré-candidata à Presidência, simbolizando uma possível “terceira via” nas eleições de 2022.
A emedebista iniciou na política, em 2002, como deputada estadual do Mato Grosso do Sul, e é filha do senador Ramez Tebet, que também foi governador, ministro e presidente do Senado. Em 20 anos de política, Simone já foi vice-governadora, prefeita, deputada estadual e senadora.
Leia Mais
Lançamento de chapa de Tebet é marcado por 'elogios' em tom machistaUnião Brasil lança Moro ao Senado pelo ParanáVereadora negra é barrada na entrada do plenário e discute com bolsonaristaRosângela Moro: 'Sergio nunca vai dividir palanque com Lula'A pré-candidata tem como principal pauta a inserção da mulher na política brasileira, sendo líder da primeira bancada feminina no Senado, e se tornou presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, o colegiado criado em 2015 foi uma das recomendações da CPI da Violência contra a Mulher.
Tebet foi também a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça e a primeira mulher a disputar a Presidência do Senado em 2019, mas o vencedor foi o candidato apoiado pelo governo Bolsonaro, Rodrigo Pacheco (DEM).
Simone teve como principais posicionamentos e votos: a favor da PEC do teto de gasto; votou a favor do impeachment da então ex-presidente Dilma Rousseff; votou contra o Decreto das Armas do Governo, que flexibilizava o porte de arma para o cidadão.
Mara Gabrilli, a vice da emedebista
Mara Cristina Gabrilli, 53 anos, é a vice de Tebet. A senadora paulista do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foi divulgada como candidata à vice-presidência logo depois de Simone prometer uma mulher ao seu lado. Mara está no Senado desde 2019, e já foi vereadora pelo estado de São Paulo e deputada federal.
A candidata é psicóloga e publicitária e já ganhou destaque por participações ligadas aos direitos humanos e direito de pessoas com deficiência. Em junho de 2018, quando ainda era deputada federal, Gabrilli foi eleita para um mandato de quatro anos em um comitê da ONU do qual nunca houve um representante brasileiro. O Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência reúne peritos de diferentes países e monitora a implementação, pelos Estados Partes, da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Sendo presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e da Frente Parlamentar Mista de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras e única representante da causa no congresso, Mara foi responsável pela criação da rampa de acesso do senado federal, a adequação foi inspirada na atuação de Gabrilli, primeira parlamentar tetraplégica da Casa.
Mara é a Terceira Secretária da Mesa Diretora (biênio 2015/16), sendo a primeira mulher da história do Congresso Nacional que assume como titular. A secretária tem pautas distintas em tramitação atualmente, principalmente com objetivo de inclusão para pessoas com deficiências, como por exemplo: Altera o art. 42 da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), para obrigar as bibliotecas públicas a adquirir obras em formatos acessíveis; Altera a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência), para incluir as dificuldades de comunicação e expressão no rol dos impedimentos que caracterizam a pessoa com deficiência.
E ainda em 2022 a pré-candidata também acompanhou junto à Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), em Genebra, as negociações internacionais relacionadas aos refugiados originários das regiões afetadas pelos conflitos na Ucrânia.
* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre Souza