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'EM Entrevista' recebe Marcelo Aro, candidato de Zema ao SenadoKalil sobre candidatura de Viana: 'Zema traiu Bolsonaro'Cleitinho sobre Paulo Guedes: 'Deve ser preso se não pagar auxílio em 2023'Dilma assina carta pela democracia: 'Está sob grave ameaça'Embora avalie positivamente a gestão de Zema, o pré-candidato mostrou descontentamento com a postura do chefe do Executivo estadual, que vai apoiar o deputado federal Marcelo Aro (PP) na disputa rumo ao Senado.
Em 2018, os então candidatos à Assembleia Legislativa e ao governo cumpriram juntos agendas de campanha no berço político de Cleitinho, Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro
"Levei ele à cidade, dei a cara para bater. Foi um pouco de falta de gratidão comigo nem me chamar para conversar - comigo liderando pesquisas para o Senado. Estou um pouco decepcionado. Não que isso vá durar, pois não guardo mágoas, peço perdão e sei perdoar", protestou. "Eu o apoiei quando ninguém acreditava nele", pontuou.
Sem conseguir o apoio de Zema, Cleitinho preparava uma candidatura independente. Ontem, no entanto, acertou caminhar ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Carlos Viana, também filiado ao PL e candidato a governador.
"Como ele (Zema) não me abraçou, não tem porque eu abraçá-lo. Mas não deixo de reconhecer o trabalho dele", explicou. Apesar das críticas, o deputado garantiu não se opor à atual gestão. "O governo dele, para mim, é melhor que o dos outros".
'Retaliação'
Quando conseguiu um dos 77 assentos na Assembleia Legislativa, quatro anos atrás, Cleitinho concorreu pelo PPS - hoje batizado Cidadania. Seu partido, à época, tinha aliança com Antonio Anastasia, então filiado ao PSDB e um dos rivais de Zema no páreo.
"O Cidadania me deu uma retaliação dizendo que não seria candidato se continuasse apoiando Zema, porque o partido estava coligado ao PSDB para apoiar Anastasia", lembrou.
Na mais recente pesquisa do Instituto F5 Atualiza Dados, Cleitinho aparece com 12,7% das intenções de voto para o Senado, ante 9,2% de Alexandre Silveira (PSD). Ele ainda é tratado como pré-candidato porque a convenção do PSC, que tende a oficializá-lo na disputa, só vai ocorrer na sexta-feira (5).
O levantamento eleitoral citado neste texto está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-09704/2022 e BR-05714-2022.