O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 60 dias um dos inquéritos gerados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Outras 23 pessoas, além de Bolsonaro, são alvos nesse caso, entre elas três de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RS), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro.
No processo, o presidente é investigado por incitação ao crime.
O pedido de mais 60 dias foi feito pela Polícia Federal (PF), para poder ter acesso e analisar o material produzido pela CPI. Em parecer enviado ao STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a prorrogação.
“Defiro o pedido de prorrogação do prazo para continuidade das investigações, por mais 60 dias, nos termos formulados pela Procuradoria-Geral da República. Com relação ao acesso os arquivos produzidos pela CPI, verifico que tais arquivos já foram compartilhados neste feito pelo Senado em atenção a requerimento da Procuradoria-Geral da República”, diz o despacho.
Apesar de conceder a prorrogação pedida pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, Barroso discordou no prazo solicitado pelo Ministério Público. Isso porque, a PGR queria que o prazo fosse prolongado por mais 90 dias para investigar as supostas práticas de incitação ao crime durante a época de combate à COVID.