Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Partidos definem candidatos ao governo de Minas; veja nomes e alianças

Os dez partidos com candidaturas ao governo de Minas Gerais já oficializaram seus postulantes. O último a ser confirmado na disputa foi Marcus Pestana, do PSDB. Nesta sexta-feira (5/8), os tucanos se reuniram e referendaram a participação do ex-deputado federal no páreo.



Agora, as legendas têm até o próximo dia 15 para registrar as chapas junto à Justiça Eleitoral. Até lá, prosseguem as articulações para preencher postos indefinidos, como vices e suplentes de concorrentes ao Senado. O prazo servirá, também, para que os dirigentes busquem apoios para ampliar as alianças já formadas.

Quatro dos dez candidatos conseguiram apoios além das fronteiras das agremiações que os abrigam. Romeu Zema (Novo) é dono da maior coligação e caminhará ao lado de legendas como MDB, PMN, Avante, Democracia Cristã (DC), Podemos, Solidariedade e Patriota. Alexandre Kalil (PSD), por sua vez, encabeça a coalizão formada por PT, PCdoB, PV e PSB.

O senador Carlos Viana (PL) entrará em campo com o objetivo de dar palanque ao presidente Jair Bolsonaro, filiado à mesma agremiação. O congressista terá os apoios de União Brasil e Republicanos.

O tucano Pestana firmou aliança com o PDT, mas não terá, na prática, o apoio do Cidadania, partido com quem o PSDB forma uma federação. No modelo, as legendas que se unem precisam agir como se fossem uma única sigla.



Descontente com a impossibilidade de indicar Eduardo Costa como vice de Zema, o Cidadania — em que pese as regras da federação e a despeito de Pestana — resolveu apoiar informalmente a reeleição do governador.

Na federação Rede/Psol, ocorre um caso semelhante. Isso porque, embora os pessolistas tenham lançado Lorene Figueiredo como competidora ao Palácio Tiradentes, a Rede decidiu dar aval informal a Kalil.

Outros seis candidatos estão confirmados pelas siglas na corrida eleitoral mineira, mas devem disputá-la sem apoios externos. À esquerda, há os palanques de Indira Xavier (Unidade Popular), Renata Regina (PCB), Lourdes Francisco (PCO) e Vanessa Portugal (PSTU). À direita, concorre o militar Paulo Tristão, do PMB.



A lei eleitoral permite a retirada das candidaturas antes mesmo do registro - para isso, basta  que os partidos não oficializem, junto à Justiça, a decisão de construir palanque próprio.

Partidos trabalham na construção de chapas para 2022 (foto: Editoria de Arte/EM/D.A Press)

Nove no páreo pelo Senado


Na briga pela única vaga do Senado Federal em jogo neste ano, há nove nomes confirmados por seus partidos. Alexandre Silveira (PSD) tentará a reeleição amparado pelo mesmo cordão que sustenta Kalil. A tendência é que um de seus dois suplentes venha do PT - nomes veteranos da legenda são favoritos para ocupar a vaga.

No grupo de Zema, a aposta para o Senado é o deputado federal Marcelo Aro (PP). E, embora apoie o governador, o PSC resolveu lançar Cleitinho Azevedo como postulante à Câmara Alta do Congresso Nacional. A despeito da decisão partidária, ele dará apoio informal a Carlos Viana e a Bolsonaro.

Sara Azevedo é a candidata do Psol ao Senado, também sem o apoio da Rede, que resolveu caminhar com Silveira. Na coligação PSDB/PDT, o nome escolhido foi o do trabalhista Bruno Miranda.

Concorrem, ainda, Dirlene Marques (PSTU), Naomi Coura (PCO) e Irani Gomes (PRTB). O PTB, apesar de compor a coligação zemista, resolveu emplacar o pastor bolsonarista Altamiro Alves na concorrência pelo assento de senador.




Partidos se mexem para terminar chapas


Com as "cabeças" de chapa definidas, parte das legendas se volta, agora, à necessidade de escolher os vices. Entre os candidatos mais bem cotados nas pesquisas de intenção de voto, Kalil é o único que definiu seu parceiro de chapa: será acompanhado pelo deputado estadual André Quintão (PT).

Sem Eduardo Costa, Zema deverá formar dobradinha com Mateus Simões, também filiado ao Novo.

Carlos Viana, por sua vez, deseja ter a companhia de Bilac Pinto, do União Brasil. Se o deputado federal não aceitar a empreitada, caberá ao União indicar outro nome. Pestana e Cabo Tristão ainda estão sem vices.

No Psol, a vice de Lorene Figueiredo será Ana Paula Azevedo. Paralelamente, a comunista Renata Regina terá a companhia da correligionária Tuani Guimarães. Sebastião Francisco Pessoa será o vice na chapa do PCO e Edna Gonçalves comporá como vice a candidatura da Unidade Popular.

Balanço da Justiça Eleitoral


Até aqui, nenhum candidato ao governo ou ao Senado registrou suas chapas junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). 

O DivulgaCand, sistema da Justiça Eleitoral que reúne as candidaturas apresentadas, contabilizava, até às 19h25 de hoje, o envio de informações referentes a 279 concorrentes à Assembleia de Minas e a 233 candidatos do estado à Câmara dos Deputados.