Correspondente em Lisboa — Em meio ao receio do governo português sobre os rumos que podem ser tomados pelas comemorações dos 200 anos da independência do Brasil — o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou presença em evento do Sete de Setembro em Brasília —, há toda uma preocupação com uma relíquia: o coração de Dom Pedro I, que será exposto no país pela primeira vez. O órgão totalmente preservado do então príncipe que declarou a libertação do país de Portugal ficará exatos 20 dias em terras brasileiras.
O coração de Dom Pedro I será recebido com honras de chefe de Estado, com salvas de canhões e acolhimento pelos Dragões da Independência, a guarda presidencial. O deslocamento da relíquia, que está num mausoléu erguido em 1837 na Igreja da Lapa, é um fato inédito. Ao longo de quase 200 anos, poucas pessoas puderam ver o coração real.