Brasília – O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o sistema eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em reunião com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), em São Paulo, nessa segunda-feira (08/08), o chefe do Executivo federal fez ironia com os altos custos da defesa cibernética no setor, sugerindo “pegar” a tecnologia do TSE, que, segundo ele, é “intransponível, impenetrável, inexpugnável”.
Desde o início do voto eletrônico no Brasil, em 1996, nenhum caso de fraude foi comprovado, mas Bolsonaro insiste em fraudes. Em contrapartida, ele sofreu ontem dois reveses da Justiça Eleitoral. O TSE negou solicitação das Forças Armadas para ter acesso a arquivos das eleições passadas. Além disso, o presidente da corte, Edson Fachin, excluiu da Comissão de Fiscalização do Sistema Eletrônico de Votação o coronel do Exército Ricardo Sant'Anna por causa da divulgação de fake news sobre as urnas eletrônicas.
Desde o início do voto eletrônico no Brasil, em 1996, nenhum caso de fraude foi comprovado, mas Bolsonaro insiste em fraudes. Em contrapartida, ele sofreu ontem dois reveses da Justiça Eleitoral. O TSE negou solicitação das Forças Armadas para ter acesso a arquivos das eleições passadas. Além disso, o presidente da corte, Edson Fachin, excluiu da Comissão de Fiscalização do Sistema Eletrônico de Votação o coronel do Exército Ricardo Sant'Anna por causa da divulgação de fake news sobre as urnas eletrônicas.
Na reunião com os integrantes do setor financeiro, ontem, Bolsonaro afirmou: “Eu não entendo como vocês gastam fortuna com defesa cibernética. Não entendo. Em Brasília, tem um órgão intransponível, impenetrável, inexpugnável. Vão para lá para pegar a tecnologia deles. É isso que está causando aqui esse 'burburinho da democracia'. 'Ah, o Bolsonaro não é democrata'. O outro lado é democrata”, disse em referência à Carta pela Democracia, assinada pela própria Febraban e que será lida no próximo dia 11.
“Tanto é que, segundo a imprensa, acabou de assinar a carta pró-democracia [aponta uma foto com Lula e Janja]. Fotografia linda, do lado da jovem esposa. Agora, o mesmo cara, fotografia antiga com o nosso prezado Daniel Ortega, da Nicarágua, que ontem resolveu fechar todas as rádios católicas de seu país. É o mesmo cara que foi fazer campanha para Chávez, esteve ao lado de Maduro, Pepe Mujica”, disparou Bolsonaro contra o petista.
CRÍTICAS AO PETISTA
Ele seguiu nos ataques a Lula e à esquerda. “É isso que queremos para o Brasil? Nós vamos achar que o DNA do cara mudou? São incompetentes. Por que a esquerda não quer largar o osso nunca? Porque só vive disso. Não sabem trabalhar. Uns estão apegados ao serviço público ou estão lá nos sindicatos, ou são vagabundos mesmo. Só vivem disso, da mentira. Esse partido é especialista em pedir dinheiro para os ricos, voto para os pobres e dar banana para os dois”, disse.
Em indireta a casos de corrupção na gestão PT, Bolsonaro perguntou se os presentes contratariam alguém que “roubou sua empresa no passado”. “Alguém recontrataria um empregado que roubou a sua empresa no passado? Acho que não. Por que recontratar um cara que roubou a nação por 14 anos? Vamos recontratar esse cara para quê? Ele vai sentir que fez a coisa certa, vai fazer agora em dobro. Em pouco tempo estaremos no trenzinho junto com países como Cuba, Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia”, disse ele também aos banqueiros.
Bolsonaro ainda voltou a insistir que as Forças Armadas tenham papel ativo na apuração do pleito de outubro. “O voto é a alma da democracia e nós lutamos por transparência, nada além disso. E se as Forças Armadas foram convidadas a participar da comissão e apresentaram sugestões, deixa as equipes técnicas discutir. Quem sabe as Forças Armadas estejam equivocadas, mas não impedir essa aproximação e essa conversa...”, continuou. Mas o TSE já afirmou que os três itens apontados como “não acolhidos” foram devidamente analisados de acordo com a legislação eleitoral.
“O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que as três propostas para o aprimoramento das eleições, indicadas como não acolhidas pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e pelo coronel Marcelo Nogueira de Souza, já foram analisadas e consideradas pela corte eleitoral. O tribunal informa que elas receberam, como dezenas de outras propostas, os devidos encaminhamentos, que respeitaram a legislação eleitoral em vigor”, informou em nota.