“Eles não conseguiram utilizar nem o português correto que já é ensinado nas escolas”, respondeu o vereador de Uberaba, Caio Godoi (Solidariedade), após ver uma postagem da página Direita Minas Uberaba, que afirmava que ele e outros cinco vereadores são contra a família, a língua portuguesa e a educação e favoráveis a linguagem neutra.
A postagem da Direita Minas Uberaba aconteceu um dia após a Câmara Municipal de Uberaba (CMU) aprovar, durante reunião realizada na noite dessa segunda-feira (8/8), projeto de lei que proíbe o uso de linguagem neutra nas escolas da cidade.
Dos 21 vereadores, apenas seis votaram contra o projeto. Foram eles: Caio Godoi (SDD), Celso Neto (PP), Paulo César Soares China (PMN), Elias Divino (Podemos), Rochelle Gutierrez (PP) e Túlio Micheli (SDD).
Segundo Caio Godoi, ele votou contra o projeto porque a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a Comissão de Educação e a Procuradoria da Câmara Municipal de Uberaba manifestaram parecer de inconstitucionalidade do projeto.
“Eu votei contra porque esse projeto é inconstitucional. Nós, vereadores, não temos competência para tratar sobre esse tema. Quem pode legislar sobre esse assunto é só a União. A atual legislação brasileira já garante o ensino da língua portuguesa da maneira que a gente conhece”, declarou Godoi.
Confira na íntegra os textos das duas publicações:
Primeiro, a página Direita Minas Uberaba afirmou: “E a cara da nova esquerda uberabense infelizmente vai se desenhando, esses são os vereadores CONTRA a língua portuguesa, CONTRA a educação, CONTRA a família, FAVORÁVEIS a aberração da linguagem neutra! Gravem seus nomes e rostos, a vereadora esquerdista ainda é pré candidata a deputada estadual”.
Depois em reposta à publicação, o vereador Caio Godoi, disse o seguinte: “Na Sessão Plenária da última segunda-feira foi pautado o Projeto de Lei da Linguagem Neutra, cujos pareceres de todas as Comissões da Câmara foram de inconstitucionalidade. Pessoalmente, sou contra o ensino da linguagem neutra nas escolas, porém esta matéria não deve ser deliberada pelos vereadores, já que é matéria privativa da União. Continuo mantendo a coerência e votando contra projetos inconstitucionais. Não caia em narrativas eleitoreiras, que nada agregam pro debate das políticas públicas no nosso município!”.