O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), repudiou a ação do governador Romeu Zema (Novo) que exonerou 22 servidores do seu gabinete.
Ação aconteceu depois que Brant aceitou ser vice na chapa tucana, junto com o candidato ao governo Marcus Pestana (PSDB). Zema é candidato à reeleição.
Ação aconteceu depois que Brant aceitou ser vice na chapa tucana, junto com o candidato ao governo Marcus Pestana (PSDB). Zema é candidato à reeleição.
Para Paulo Brant, a decisão do governador é um “ato mesquinho e truculento, incompatível com a lealdade e o respeito que sempre pautou o nosso relacionamento”.
“O Governador tentou me atingir, mas não conseguiu. Atingiu, de um lado, a vida pessoal de 23 servidores, que nos últimos três anos e meio trabalharam com dignidade e competência, a serviço do governo, apartidariamente. De outro, atingiu, mais uma vez, as tradições, os ritos e os valores sublimes da política mineira, num gesto inédito e que nos envergonha”, afirmou em nota enviada à imprensa.
Ainda para o atual vice de Zema, a decisão do governador, a qual ele classificou como “lamentável”, transgride frontalmente três princípios basilares da democracia:"a impessoalidade na gestão pública, da separação rigorosa dos interesses partidários na condução das questões de Estado; a pluralidade das ideias e da aceitação das divergências como algo essencial à vida em sociedade; e a desconsideração de que a Vice-Governadoria é uma Instituição de Estado, e que o Vice-Governador foi eleito pela população de Minas Gerais, diplomado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e empossado pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais.
Para Paulo Brant, com a decisão, Zema ameaça seu direito de cidadão de participar das próximas eleições.
“Estou decepcionado, mas determinado a continuar servindo a Minas Gerais como venho fazendo ao longo de toda minha vida, e defendendo aquilo que considero o melhor para os mineiros. Afinal, como dizia o poeta: “Minas Gerais nunca deixará de ser o altar de homens livres.”
“Estou decepcionado, mas determinado a continuar servindo a Minas Gerais como venho fazendo ao longo de toda minha vida, e defendendo aquilo que considero o melhor para os mineiros. Afinal, como dizia o poeta: “Minas Gerais nunca deixará de ser o altar de homens livres.”
Exonerações feitas por Zema
Mais cedo, nesta quinta-feira (11/8), Zema exonerou 23 servidores do gabinete do vice-governador. Restaram apenas três servidores no gabinete. Dois deles são concursados e um é uma indicação do partido Novo.
Na segunda-feira (08), o PSDB anunciou oficialmente a indicação de Paulo Brant como candidato a vice de Pestana para o governo do Estado. Na terça-feira, o governo comunicou os servidores que faria a demissão.
Em nota, o governo de Minas Gerais afirmou que as exonerações “são de pessoas que ocupavam cargos de confiança do Governador do Estado de Minas”. “Em respeito ao vice-governador Paulo Brant, o Governo o comunicou com antecedência, antes da publicação.”