Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

BH tem ato em defesa da democracia e educação e contra Bolsonaro

Um ato em defesa da educação pública e pela democracia, eleições livres e contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi realizado na tarde desta quinta-feira (11/8) em Belo Horizonte. A manifestação começou por volta de 17h na Praça Afonso Arinos, perto da Faculdade de Direito da UFMG, no Centro, e seguiu por volta de 19h para a Praça Sete.





 

Até a última atualização desta matéria, manifestantes seguem pela Avenida Afonso Pena, sentido Praça Sete, ocupando todas as pistas. A BHTrans organiza o trânsito nos cruzamentos bloqueados no trajeto. Na Praça Sete, o trânsito está bloqueado nos quatro sentidos.

 

O dia também foi marcado pela leitura da Carta pela Democracia em universidades de todo o país, assinada por centenas de milhares de brasileiros e por figuras públicas, políticos, intelectuais e artistas. Em Belo Horizonte, a carta foi lida pela reitora da UFMG, Sandra Goulart, na Faculdade de Direito. 

 

O ato acontece no dia do estudante e foi convocado pelo pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG, a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Sindicato dos Professores da UFMG (APUBH+), movimentos sociais e partidos de oposição como Psol, PCB e UP. Além da defesa da educação, portanto, a manifestação é realizada pelo direito às eleições livres, em defesa da democracia brasileira e contra o governo federal. 





 

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"Hoje é dia do estudante, é aniversário da União Nacional dos Estudantes e nós estamos na rua para lutar em defesa da educação mas também por eleições livres, pelo Fora Bolsonaro e pela democracia. A gente tá vivendo um momento muito difícil no nosso país, a ameaça golpista vai avançando e nós precisamos dar respostas sobre isso, por isso estamos na rua hoje. Nós estamos mobilizados e não vamos tirar o pé da rua até que esse governo saia", afirmou Carol Leal, 3ª vice-presidente da UNE.

 

Em defesa da Democracia

A professora da Faculdade de Direito e presidenta da APUBH Maria Rosaria Barbado afirma que o propósito é afirmar o compromisso da população com a democracia. "Essa é a resposta contundente da população brasileira às ameaças e aos ataques à estabilidade democrática desse país, à desconfiança que o governo está querendo criar nas urnas eletrônicas. O povo não vai ficar calado. Nós, de todos os movimentos, estamos atentos e não deixaremos passar", disse.

 

A passeata também segue para a Casa do Jornalista, onde a Carta pela Democracia será lida pelos movimentos sociais, em ação organizada pela APUBH, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o Observatório Eleitoral e o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.

Lá, também será lida a carta da Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, que reúne 200 entidades e diretórios acadêmicos das universidades públicas do país e trabalha junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) monitorando a segurança das pessoas e jurídicas das próximas eleições, que acontecem em outubro.

 

*Estagiária com supervisão do subeditor Diogo Finelli.