O deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente do PSDB em Minas Gerais, reagiu nesta sexta-feira (12/8), à série de demissões feitas pelo governador Romeu Zema (Novo) no gabinete de seu vice, o também tucano Paulo Brant. As exonerações, oficializadas ontem, foram classificadas por Abi-Ackel como "desrespeito à democracia". Segundo o dirigente, o ato de Zema demonstra "fraqueza e fragilidade".
A decisão de Zema, publicada no Diário Oficial do Estado, levou à demissão de 23 dos 26 servidores que davam expediente na vice-governadoria. Na segunda-feira (11), Brant anunciou que vai concorrer à reeleição, mas na chapa encabeçada por Marcus Pestana, também filiado ao PSDB.
Ao Estado de Minas, Paulo Abi-Ackel chamou as demissões de "equívoco sem precedentes".
"O vice-governador foi eleito, diplomado pela justiça eleitoral e empossado pela Assembleia Legislativa. A vice-governadoria é uma instituição de estado e suas funções e atividades não se misturam com questões partidárias e políticas. É também um desrespeito à democracia, sem dúvida o que é mais grave", disse.
"As exonerações dos servidores públicos dos quadros da Vice-Governadoria por meio de ato do governador do estado, publicado no órgão oficial ontem, buscam demonstrar força, mas revelam fraqueza e fragilidade'', pontuou Abi-Ackel.
E ele continou: "Fraqueza pelo excesso do peso do exercício da autoridade, que quando é forte por sí só, o faz com moderação e respeito com aqueles que por ele são atingidos. Fragilidade pela comparação com a reação do Vice-Governador Paulo Brant que com sua enorme estatura pessoal e política, ao expressar sua justa indignação, o fez mostrando-se anos-luz distante de práticas políticas como ele bem disse, 'truculentas e mesquinhas'", emendou.
O presidente tucano falou, ainda, que as consequências da decisão de Zema recaem sobre os que perderam os empregos. Ele afirmou ser solidário aos servidores exonerados.
Ontem, Brant, de fato, chamou o ato de Zema de "truculento e mesquinho". Segundo o vice-governador, a postura do chefe do Executivo é incompatível à "lealdade" que pautou o relacionamento de ambos.
"O governador tentou me atingir, mas não conseguiu. Atingiu, de um lado, a vida pessoal de 23 servidores, que nos últimos três anos e meio trabalharam com dignidade e competência, a serviço do governo, apartidariamente. De outro, atingiu, mais uma vez, as tradições, os ritos e os valores sublimes da política mineira, num gesto inédito e que nos envergonha", protestou.
Paulo Brant foi eleito vice de Zema quando estava filiado ao Novo. Em 2020, porém, ele deixou o partido e passou cerca de um ano e meio sem estar vinculado a uma legenda política. No ano passado, resolveu retornar ao PSDB, de onde havia saído em 2015.
O vice-governador costuma não esconder a decepção com parte das posturas do Novo. Em agosto de 2021, ao EM, ele chegou apontar traços de "hegemonismo" na conduta da agremiação.
"O partido é uma instituição da sociedade civil, que pode ganhar ou perder a eleição. Mas, uma vez governo, tem que criar um arco de alianças com outros segmentos. A visão hegemônica de que 'meu partido é dono do governo' gerou certo distanciamento. O coração do governo só é acessível aos membros do Novo. Isso, na política, é o pecado original", pontuou, à época.
A exemplo do PSDB, que definiu uma chapa com Pestana e Brant, o Novo escolheu a opção caseira Mateus Simões para ser o vice de Zema. Ex-secretário-geral da gestão estadual, ele é um dos principais articuladores do Palácio Tiradentes.
Zema chegou a convidar o jornalista Eduardo Costa, do Cidadania, para ser seu parceiro eleitoral. A federação partidária que une o Cidadania ao PSDB, porém, impediu a costura.
Irritados com a decisão de manter Pestana no páreo, os dirigentes do Cidadania anunciaram apoio informal a Zema, embora tenham de entregar o tempo de rádio e TV à campanha tucana. A candidatura terá, ainda, o endosso do PDT.
A decisão de Zema, publicada no Diário Oficial do Estado, levou à demissão de 23 dos 26 servidores que davam expediente na vice-governadoria. Na segunda-feira (11), Brant anunciou que vai concorrer à reeleição, mas na chapa encabeçada por Marcus Pestana, também filiado ao PSDB.
Ao Estado de Minas, Paulo Abi-Ackel chamou as demissões de "equívoco sem precedentes".
"O vice-governador foi eleito, diplomado pela justiça eleitoral e empossado pela Assembleia Legislativa. A vice-governadoria é uma instituição de estado e suas funções e atividades não se misturam com questões partidárias e políticas. É também um desrespeito à democracia, sem dúvida o que é mais grave", disse.
"As exonerações dos servidores públicos dos quadros da Vice-Governadoria por meio de ato do governador do estado, publicado no órgão oficial ontem, buscam demonstrar força, mas revelam fraqueza e fragilidade'', pontuou Abi-Ackel.
E ele continou: "Fraqueza pelo excesso do peso do exercício da autoridade, que quando é forte por sí só, o faz com moderação e respeito com aqueles que por ele são atingidos. Fragilidade pela comparação com a reação do Vice-Governador Paulo Brant que com sua enorme estatura pessoal e política, ao expressar sua justa indignação, o fez mostrando-se anos-luz distante de práticas políticas como ele bem disse, 'truculentas e mesquinhas'", emendou.
O presidente tucano falou, ainda, que as consequências da decisão de Zema recaem sobre os que perderam os empregos. Ele afirmou ser solidário aos servidores exonerados.
Relação Zema-Brant sofre abalo
Ontem, Brant, de fato, chamou o ato de Zema de "truculento e mesquinho". Segundo o vice-governador, a postura do chefe do Executivo é incompatível à "lealdade" que pautou o relacionamento de ambos.
"O governador tentou me atingir, mas não conseguiu. Atingiu, de um lado, a vida pessoal de 23 servidores, que nos últimos três anos e meio trabalharam com dignidade e competência, a serviço do governo, apartidariamente. De outro, atingiu, mais uma vez, as tradições, os ritos e os valores sublimes da política mineira, num gesto inédito e que nos envergonha", protestou.
Paulo Brant foi eleito vice de Zema quando estava filiado ao Novo. Em 2020, porém, ele deixou o partido e passou cerca de um ano e meio sem estar vinculado a uma legenda política. No ano passado, resolveu retornar ao PSDB, de onde havia saído em 2015.
O vice-governador costuma não esconder a decepção com parte das posturas do Novo. Em agosto de 2021, ao EM, ele chegou apontar traços de "hegemonismo" na conduta da agremiação.
"O partido é uma instituição da sociedade civil, que pode ganhar ou perder a eleição. Mas, uma vez governo, tem que criar um arco de alianças com outros segmentos. A visão hegemônica de que 'meu partido é dono do governo' gerou certo distanciamento. O coração do governo só é acessível aos membros do Novo. Isso, na política, é o pecado original", pontuou, à época.
PSDB e Novo vão às urnas com chapas próprias
A exemplo do PSDB, que definiu uma chapa com Pestana e Brant, o Novo escolheu a opção caseira Mateus Simões para ser o vice de Zema. Ex-secretário-geral da gestão estadual, ele é um dos principais articuladores do Palácio Tiradentes.
Zema chegou a convidar o jornalista Eduardo Costa, do Cidadania, para ser seu parceiro eleitoral. A federação partidária que une o Cidadania ao PSDB, porém, impediu a costura.
Irritados com a decisão de manter Pestana no páreo, os dirigentes do Cidadania anunciaram apoio informal a Zema, embora tenham de entregar o tempo de rádio e TV à campanha tucana. A candidatura terá, ainda, o endosso do PDT.