A continuidade do Auxílio Brasil de R$ 600 mensais voltou a ser tema de embate entre os líderes das pesquisas presidenciais neste sábado (13/8). Durante entrevista em um podcast, Jair Bolsonaro (PL) reafirmou que o valor será mantido em 2023 caso ele seja reeleito ao Planalto. A fala aconteceu pouco tempo após Lula (PT) se manifestar considerando o aumento das cifras do programa de transferência de renda uma medida eleitoreira com prazo definido até dezembro deste ano.
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O Auxílio Brasil foi o programa de transferência de renda criado durante o governo Bolsonaro para substituir o Bolsa Família, iniciado durante o mandato de Lula na presidência.
O valor inicial pago a famílias em condições de extrema-pobreza era de R$ 400, mas foi aumentado em 50% a pouco mais de três meses das eleições através da aprovação da "PEC das Bondades". A proposta, que inclui outros auxílios, também foi apelidada de “PEC Kamikaze” por permitir ampliação de gastos com benefícios sociais próximo do período eleitoral e provocar discussões sobre responsabilidade fiscal.
No podcast, Bolsonaro citou uma conversa com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, para sustentar a promessa de manutenção do auxílio em 2023. O presidente também trouxe a negociação à tona durante evento de lançamento de sua candidatura.
“Foi aprovado mais R$ 200 até dezembro. O que já conversei com o Paulo Guedes? Não falo nada sem conversar com ele: ‘PG, dá para manter esses R$ 200 a mais no ano que vem?’. Ele falou: ‘dá, se fizer isso, isso e isso’. Então, vai ser mantido os R$ 600 de auxílio emergencial no ano que vem”, disse.
O aumento do Auxílio Brasil foi aprovado com folgas no Congresso Nacional, com a anuência de parlamentares de oposição ao governo, incluindo senadores e deputados petistas. Ao longo da campanha pela presidência, Lula tem batido na tecla de que os benefícios concedidos pela proposta estão previstos apenas até dezembro.