A continuidade do Auxílio Brasil de R$ 600 mensais voltou a ser tema de embate entre os líderes das pesquisas presidenciais neste sábado (13/8). Durante entrevista em um podcast, Jair Bolsonaro (PL) reafirmou que o valor será mantido em 2023 caso ele seja reeleito ao Planalto. A fala aconteceu pouco tempo após Lula (PT) se manifestar considerando o aumento das cifras do programa de transferência de renda uma medida eleitoreira com prazo definido até dezembro deste ano.
falas de Lula durante uma live, também neste sábado, organizada pelo deputado federal André Janones (Avante-MG). Na ocasião, o petista afirmou que o atual presidente só garantiu o auxílio com valor aumentado até dezembro e que a medida não seguirá no ano que vem, porque se trata de uma medida eleitoral.
Em participação no programa Cara a Tapa, no YouTube, Bolsonaro rebateu as “É mentira (o fim do auxílio com valor mais alto). Olha só, prezado Lula, vamos partir do princípio que é verdade a informação. Quanto era o Bolsa Família no governo Lula? Agora está 3 vezes maior do que no tempo dele”, disse o candidato do PL.
O Auxílio Brasil foi o programa de transferência de renda criado durante o governo Bolsonaro para substituir o Bolsa Família, iniciado durante o mandato de Lula na presidência.
O valor inicial pago a famílias em condições de extrema-pobreza era de R$ 400, mas foi aumentado em 50% a pouco mais de três meses das eleições através da aprovação da "PEC das Bondades". A proposta, que inclui outros auxílios, também foi apelidada de “PEC Kamikaze” por permitir ampliação de gastos com benefícios sociais próximo do período eleitoral e provocar discussões sobre responsabilidade fiscal.
No podcast, Bolsonaro citou uma conversa com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, para sustentar a promessa de manutenção do auxílio em 2023. O presidente também trouxe a negociação à tona durante evento de lançamento de sua candidatura.
“Foi aprovado mais R$ 200 até dezembro. O que já conversei com o Paulo Guedes? Não falo nada sem conversar com ele: ‘PG, dá para manter esses R$ 200 a mais no ano que vem?’. Ele falou: ‘dá, se fizer isso, isso e isso’. Então, vai ser mantido os R$ 600 de auxílio emergencial no ano que vem”, disse.
O aumento do Auxílio Brasil foi aprovado com folgas no Congresso Nacional, com a anuência de parlamentares de oposição ao governo, incluindo senadores e deputados petistas. Ao longo da campanha pela presidência, Lula tem batido na tecla de que os benefícios concedidos pela proposta estão previstos apenas até dezembro.