O presidente Jair Bolsonaro (PL) se prepara para dar, nesta terça-feira (16/8), o pontapé inicial de sua campanha à reeleição. Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, foi a cidade escolhida para sediar o primeiro ato eleitoral da coligação liberal. A agenda de Bolsonaro no município deve contar com discurso, atividades religiosas e um passeio pelas ruas locais.
Foi em Juiz de Fora que, há cerca de quatro anos, Bolsonaro acabou golpeado a faca. O ataque o tirou das ruas durante parte considerável da última campanha eleitoral. Aliados apontam simbolismo na escolha da cidade, onde o presidente considera ter "renascido".
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Depois das bênçãos, Bolsonaro vai liderar uma motociata rumo à Rua Halfeld. Apoiadores que não forem participar do cortejo sobre rodas têm sido orientados pela organização a esperar o presidente já no local do discurso.
Viana participa da organização do ato, bem como o deputado estadual Bruno Engler (PL), um dos mineiros mais próximos a Bolsonaro. Ele planeja uma "grande festa" para recepcionar o candidato à reeleição. "É um privilégio para nós a campanha do presidente estar começando em Minas Gerais".
A terça-feira será o primeiro dia de campanha oficial dos postulantes a um cargo na eleição de outubro. Em Juiz de Fora, portanto, Bolsonaro poderá pedir explicitamente o voto do eleitorado, citando, inclusive, o número de seu partido. Ele deve voltar a Brasília (DF) por volta das 15h, também por via aérea.
O dia vai marcar, ainda, a posse de Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro é esperado no evento, embora o magistrado seja um de seus principais alvos quando resolve tecer críticas ao Judiciário.
A tendência é que Bolsonaro retorne a Minas ainda nesta semana. Isso porque ele é esperado em Belo Horizonte na sexta-feira (19) para a instalação do Tribunal Regional Federal da 6° Região (TRF-6).
Há um mês, Bolsonaro chorou em Juiz de Fora
Em 15 de julho, Bolsonaro visitou Juiz de Fora pela primeira vez após o atentado de 2018. Durante as horas em que esteve na cidade, o presidente também participou de uma motociata e foi a um evento religioso. Ele aproveitou a ocasião para ir à Santa Casa de Misericórdia local, primeiro hospital a recebê-lo depois da facada.
"Quis o destino que eu sobrevivesse. Graças a Deus, que deu minha vida a vocês. O que eu mais pedia, durante o período em que acordei (pausa por causa da emoção), foi que minha filha de sete anos não ficasse órfã", disse, em menção a Laura, sua filha caçula, que hoje tem 11 anos.
Segundo Bolsonaro, "a mão de Deus" o fez sobreviver ao golpe. "Pelo que sei, minha memória não traz recordações aqui dentro (do hospital). Cheguei praticamente desfalecido. Acordei em um avião UTI, no aeroporto", afirmou, ao lembrar do momento de sua transferência para São Paulo (SP).