Lula está na primeira fileira, ao lado de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e José Sarney. Enquanto Bolsonaro está sentado de frente a eles na mesa da cerimônia, ao lado de outros chefes de Poderes.
O convite a Bolsonaro foi feito pessoalmente por Alexandre de Moraes, numa tentativa de aproximação entre o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos meses, o presidente e seus apoiadores vêm atacando o TSE, colocando em xeque a confiança no voto eletrônico e defendendo o voto auditável. Por várias vezes, Bolsonaro afirmou que não aceitará uma eventual derrota nas eleições presidenciais de outubro.
Dilma e Temer são separados
Este é o primeiro encontro oficial de Dilma e Temer desde o impeachment da ex-presidente, em 2016, quando ele assumiu a Presidência da República.
Os dois se sentaram na primeira fileira do evento, a poucas cadeiras de distância e não foi registrado nenhum cumprimento. Ao lado de Dilma está José Sarney, presidente do Brasil de 1985 a 1990. À direita dele está Lula e, então Michel Temer.
Posse de Moraes no TSE
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes assume o comando da Corte Eleitoral no lugar de Edson Fachin, que ocupa o posto desde fevereiro. O mandato será de dois anos, sendo ele o principal responsável pela condução das próximas eleições.
Entre alguns dos desafios que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) terá de enfrentar no período estão possíveis ataques ao sistema eleitoral em atos no 7 de setembro, a propagação de fake news sobre as urnas eletrônicas, a necessidade de garantir segurança ao eleitor em meio à votação mais tensa em décadas e a ameaça de violência na contestação do resultado das eleições.
Moraes também é a figura do Judiciário que mais entrou em rota de colisão com o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e se tornou alvo constante de ofensivas dos apoiadores do presidente.
Na ocasião de sua escolha para comandar o TSE, em 14 de junho, o ministro discursou que a "Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia do Brasil".