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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro e Lula ficam frente a frente na posse de Moraes no TSE

Esta é a primeira vez que os candidatos à Presidência nas eleições deste ano se encontram durante o período de campanha


16/08/2022 20:12 - atualizado 16/08/2022 21:52

Principais adversários na disputa presidencial de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) ficaram frente a frente na noite desta terça-feira (16/8). Ambos estão presentes na posse do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Este é o primeiro encontro presencial dos dois durante o período de campanha.

Lula está na primeira fileira, ao lado de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e José Sarney. Enquanto Bolsonaro está sentado de frente a eles na mesa da cerimônia, ao lado de outros chefes de Poderes.

O convite a Bolsonaro foi feito pessoalmente por Alexandre de Moraes, numa tentativa de aproximação entre o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos meses, o presidente e seus apoiadores vêm atacando o TSE, colocando em xeque a confiança no voto eletrônico e defendendo o voto auditável. Por várias vezes, Bolsonaro afirmou que não aceitará uma eventual derrota nas eleições presidenciais de outubro.

Lula e Bolsonaro ficam frente a frente em posse de Alexandre de Moraes, em Brasília
Lula e Bolsonaro ficam frente a frente em posse de Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (16/8), em Brasília (foto: Reprodução/YouTube/Justiça Eleitoral)
 

Dilma e Temer são separados

Este é o primeiro encontro oficial de Dilma e Temer desde o impeachment da ex-presidente, em 2016, quando ele assumiu a Presidência da República.
 
Os dois se sentaram na primeira fileira do evento, a poucas cadeiras de distância e não foi registrado nenhum cumprimento. Ao lado de Dilma está José Sarney, presidente do Brasil de 1985 a 1990. À direita dele está Lula e, então Michel Temer. 
 

Posse de Moraes no TSE

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes assume o comando da Corte Eleitoral no lugar de Edson Fachin, que ocupa o posto desde fevereiro. O mandato será de dois anos, sendo ele o principal responsável pela condução das próximas eleições.

Entre alguns dos desafios que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) terá de enfrentar no período estão possíveis ataques ao sistema eleitoral em atos no 7 de setembro, a propagação de fake news sobre as urnas eletrônicas, a necessidade de garantir segurança ao eleitor em meio à votação mais tensa em décadas e a ameaça de violência na contestação do resultado das eleições.
 

Moraes também é a figura do Judiciário que mais entrou em rota de colisão com o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e se tornou alvo constante de ofensivas dos apoiadores do presidente.

Na ocasião de sua escolha para comandar o TSE, em 14 de junho, o ministro discursou que a "Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia do Brasil".


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