O presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter cometido crime ao fazer uma falsa ligação entre vacinas contra COVID-19 e o desenvolvimento de HIV, o vírus da Aids (síndrome de imunodeficiência adquirida). É o que aponta a Polícia Federal (PF), que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o depoimento do chefe do Executivo sobre o caso.
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A matéria afirma que pesquisadores estavam preocupados que algumas vacinas que usam um adenovírus específico no combate ao vírus SARS-CoV-2 podiam aumentar o risco de que pacientes sejam infectados com HIV. No entanto, a revista diz que, até aquele momento, "não se comprovou que alguma vacina contra a COVID-19 reduza a imunidade a ponto de facilitar a infecção em caso de exposição ao vírus."
Na live de Bolsonaro, no entanto, o presidente leu apenas um trecho onde diz: “Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (15 dias após a segunda dose) estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto. Não vou ler a matéria completa porque posso ter problema.”
Instagram e Facebook removem a live
Em decisão inédita da plataforma, o Facebook e o Instagram tiraram do ar a live. A redes afirmaram que a exclusão foi feita por identificar o desrespeito das políticas da empresa em relação à vacina da COVID-19.
"Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de COVID-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas", disse o porta-voz do Facebook.
Esta foi a primeira vez que a empresa tirou do ar uma live do presidente. Até então, a companhia havia derrubado apenas um post em que citava o uso de cloroquina para o tratamento de COVID-19.