O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT ao Palácio do Planalto neste ano, rebateu as acusações do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre suposta defesa a tópicos como aborto, drogas, financiamento de ditaduras e "ideologia de gênero". Ontem, em entrevista ao Estado de Minas, Lula afirmou que Bolsonaro mente para distrair a imprensa.
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Lula sobre corrupção: 'No meu governo houve investigação e transparência'Lula: 'Bolsonaro decidiu tentar enganar o povo às vésperas da eleição'Lula em BH: PT ajusta detalhes de ato e corre para fechar lista de oradoresLula: Bolsonaro 'faz palhaçada' em vez de governar; leia toda a entrevista TSE ordena que Damares apague vídeos que associam Lula a drogasLula sobre eleições: 'Não sei se é a mais difícil, mas a mais importante'Bolsonaro participa de evento de campanha em São PauloSegundo o ex-presidente, o atual chefe do Executivo federal não cumpre as funções inerentes ao cargo.
"Diferente do Bolsonaro, eu vou trabalhar. Desde o primeiro dia, porque eu não preciso de tempo para aprender a ser presidente - e esta é a principal diferença do Lula de agora para o Lula de 2003. Estou mais experiente, sei o que é governar e como governar", disparou.
Para embasar as críticas a Bolsonaro, Lula recorreu à postura do governo federal durante nos momentos críticos da pandemia de COVID-19.
"Quando o país precisou de alguém sério na pandemia, ele foi para a TV contar mentira e fazer piada sobre 'gripezinha', 'histórico de atleta'. Demorou para comprar vacina e ainda recusou oferta para pagar mais barato. As estimativas são de que 400 mil pessoas morreram na pandemia por causa da incompetência dele", criticou.
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Lula quer diálogo com diferentes setores da sociedade
A coligação que sustenta Lula é composta por 10 partidos e tem legendas à esquerda, como o Psol, e outras ao centro, como o Solidariedade e o Agir. O presidenciável afirmou que pretende construir pontes com diferentes setores da sociedade civil."Vou trabalhar desde o primeiro minuto para cuidar do povo brasileiro, conversando com os governadores, com os prefeitos, com as universidades, com os sindicatos, os empresários. E, trabalhando junto com a sociedade, ouvindo todos, aí vai ser possível devolver a cada homem e a cada mulher as três refeições que o Bolsonaro tirou da mesa dos brasileiros", pontuou.
Houve críticas, ainda, à conduta de Paulo Guedes, ministro da Economia. "(Vai ser possível) devolver os empregos que ele (Bolsonaro) e o Guedes fizeram desaparecer. Devolver aos nossos jovens a possibilidade de acabarem seus estudos e entrarem numa universidade, para serem o que quiserem ser. E devolver o Brasil ao posto de país respeitado internacionalmente, atraindo investimentos produtivos, que atua pela paz, pela solidariedade, que protege seu meio ambiente. Um Brasil que volte a nos dar orgulho", finalizou.