O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, declarou que a cerimônia de posse de Alexandre de Moraes, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi uma "advertência" àqueles que cultivam o ódio. Mello não citou o presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas declarações, mas as falas dialogam com o posicionamento do chefe do Executivo.
Em um artigo publicado ontem no jornal Estado de São Paulo, o ex-ministro afirmou que a posse de Moraes, na última terça-feira (16/8), teve uma "dimensão histórica", sendo um "momento de altíssima e incomparável significação para o Brasil, pois representou, para frustração de mentes autoritárias desprezíveis e também para profunda irritação de vocações ditatoriais repulsivas, a luminosa celebração do regime democrático".
Mello também destacou que a cerimônia significou o reconhecimento do nosso sistema eleitoral, reafirmou a segurança das urnas eletrônicas e a "certeza do respeito incondicional aos resultados eleitorais e a consequente prevalência da soberania popular no processo de votação".
Sobre o discurso de Moraes, Mello disse que se dirigiu como uma advertência "àqueles que, de modo vil e indigno, ousam cultivar o ódio, praticar a intolerância, disseminar a mentira, vilipendiar as instituições da República, vulnerar a honra alheia, perpetrar manobras fraudulentas, abominar a liberdade, incitar o menosprezo e a transgressão aos princípios que consagram a democracia constitucional e desrespeitar decisões legitimamente proferidas por uma Justiça Eleitoral modelar, célere, isenta, imparcial e independente".
*Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais
*Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais