O ato de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao Planalto, e Alexandre Kalil (PSD), que disputa o governo de Minas, atraiu ambulantes de todo o país para a região da Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte nesta quinta-feira (18/8).
Édio Carlos veio de Brasília especialmente para vender material de campanha em BH. Ele veio da capital federal com mais cinco pessoas e montou seu varal na Avenida dos Andradas.
"Meu filho manda fazer as camisas e a gente vende. Viemos de carro com o material e depois vamos para São Paulo, seguindo a campanha. Cheguei por volta das 11h, mas agora o movimento está começando a melhorar", disse o vendedor, por volta das 16h30.
Imagens do rosto do petista e frases alusivas à campanha de Lula ocupam quase a totalidade de toalhas, camisas, bandeiras e bonés vendidos ao redor do evento. Há também acessórios com temática LGBTQIA+ e com o rosto de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, executada em 2018.
Renato da Silva é outro que pretende viajar o país para vender material de campanha durante as eleições. Ele veio do Rio de Janeiro, chegou em Belo Horizonte hoje pela manhã e já montou seu varal na Praça da Estação.
"Saindo daqui, vou pra São Paulo. De agora até as eleições, vamos viajar bastante e pretendo vender nos atos do Bolsonaro também", contou.
Já Raíssa Vieira, de BH, montou sua barraquinha para vender artesanatos durante o evento.
"Sou do Santa Tereza, pela primeira vez estou vendendo em eventos políticos. Aproveito também para ver os discursos, vou votar no Lula este ano", disse, de frente para o palco onde o petista é aguardado durante a noite
Lula e Kalil em BH
O comício desta quinta-feira (18/8) é o segundo ato público de Lula em Belo Horizonte em 2022. Em maio, o presidenciável discursou no Expominas, ainda sem a oficialização da união a Kalil. No mês, seguinte, esteve em Uberlândia, no Triângulo, onde também esteve em palanque ao lado do ex-prefeito de Belo Horizonte e do senador Alexandre Silveira (PSD), candidato novamente ao posto parlamentar.
Lula afirmou que o colégio eleitoral de Minas terá importância na busca por votos em todo o país e garantiu que virá mais vezes ao estado. “Minas tem a diversidade e a complexidade do país. O país é grande, este ano a campanha é muito curta, e esta é uma eleição para selar o compromisso dos brasileiros com a democracia, com a paz, com a inclusão social, com nossa soberania e independência”.
Para consolidar a aliança de Lula com Kalil, o deputado Reginaldo Lopes (PT) teve de abrir mão da disputa no Senado. Logo, possibilitou que Alexandre Silveira se colocasse como o nome da chapa para o cargo. Dentro da articulação, o deputado estadual André Quintão foi confirmado como o vice de Kalil no governo.
Divulgada na segunda-feira (15/8), a primeira pesquisa Ipec após o registro das candidaturas apontou que Lula venceria Jair Bolsonaro (PL) em Minas por 39% a 26%. Por sua vez, Kalil está 18 pontos porcentuais atrás do governador Romeu Zema (Novo), que tem 40% das intenções de voto, contra 22% do pessedista. O levantamento está registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG%u201002868/2022.