Comerciantes já falam em estender o funcionamento noturno durante comício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do e-xprefeito Alexandre Kalil (PSD) na Praça da Estação nesta quinta-feira (18/8). Donos e funcionários de bares e lanchonetes contam que horários podem mudar de acordo com o movimento do evento.
"Normalmente fecho às 10h (da noite), mas hoje fico enquanto durar o movimento. Se tiver muita gente, dá pra vender mais. O problema é pegar o ônibus depois. Quando estava tendo o arraial aqui na praça, tive até que passar a noite por aqui", conta Isaías Pereira, vendedor de uma lanchonete na Avenida Santos Dumont.
Leia Mais
Lula em BH: Alexandre Silveira aposta em paródia de Tim MaiaLula é recebido em BH por Kalil e Silveira para ato na Praça da EstaçãoLula: Bolsonaro 'faz palhaçada' em vez de governar; leia toda a entrevista Lula a Kalil: 'Vamos fazer este estado crescer'Zema durante ato de Lula e Kalil: atraso na vida do trabalhador de verdadeChico Pinheiro faz coro por Lula em BH: 'Guerreiro do povo brasileiro'Lula em BH: ato deixa trânsito travado nas principais avenidas da cidadeLula em BH: evento na Praça da Estação tem fila de meio quilômetroNa Avenida dos Andradas, a garçonete Natânia Mansur Rodrigues conta que não tem hora para ir embora. Com bom movimento no cair da tarde, o bar onde trabalha espera faturar até a madrugada. Ela conta que não se importa de fixar até mais tarde, porque quer acompanhar os discursos durante o evento.
"Hoje vamos madrugada adentro, enquanto o Lula estiver aí. Na hora que começar o discurso, vamos abaixar a música para ouvir tudo", contou.
Já Jânio Marques, dono de uma lanchonete na Rua Caetés, disse que ainda não sabe se vai ampliar o horário de funcionamento. O movimento tímido até as 17h30 deixa o comerciante em dúvida.
"A gente fecha às 20h, mas pode ficar até mais tarde se tiver muita gente. Vamos ver se vai encher mais durante a noite", disse.
Lula e Kalil em BH
O comício desta quinta-feira (18/8) é o segundo ato público de Lula em Belo Horizonte em 2022. Em maio, o presidenciável discursou no Expominas, ainda sem a oficialização da união a Kalil. No mês, seguinte, esteve em Uberlândia, no Triângulo, onde também esteve em palanque ao lado do ex-prefeito de Belo Horizonte e do senador Alexandre Silveira (PSD), candidato novamente ao posto parlamentar.
Lula afirmou que o colégio eleitoral de Minas terá importância na busca por votos em todo o país e garantiu que virá mais vezes ao estado. “Minas tem a diversidade e a complexidade do país. O país é grande, este ano a campanha é muito curta, e esta é uma eleição para selar o compromisso dos brasileiros com a democracia, com a paz, com a inclusão social, com nossa soberania e independência”.
Para consolidar a aliança de Lula com Kalil, o deputado Reginaldo Lopes (PT) teve de abrir mão da disputa no Senado. Logo, possibilitou que Alexandre Silveira se colocasse como o nome da chapa para o cargo. Dentro da articulação, o deputado estadual André Quintão foi confirmado como o vice de Kalil no governo.
Divulgada na segunda-feira (15/8), a primeira pesquisa Ipec após o registro das candidaturas apontou que Lula venceria Jair Bolsonaro (PL) em Minas por 39% a 26%. Por sua vez, Kalil está 18 pontos porcentuais atrás do governador Romeu Zema (Novo), que tem 40% das intenções de voto, contra 22% do pessedista. O levantamento está registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG%u201002868/2022.