A idade não foi impeditivo para Rosa Maria Barreto, de 71 anos, sair da cidade de Carmésia, há mais de 200 km da capital, para vir ao ato que inaugurou a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais. Rosa Maria afirmou que votou no Lula desde sua primeira candidatura e que vai repetir o voto 13 neste ano também.
“É claro que vou votar de novo. (Lula) melhorou demais o Brasil. Ele proporcionou qualidade de vida, estudo pras pessoas. Beneficiou as pesquisas nas universidades. Trouxe o Mais Médicos que ajudou muito o povo pobre. Todo mundo tinha uma vida digna com ele e com a Dilma”, relembrou.
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Lula também tem voto garantido do Anísio Brito, de 74 anos. O apoiador afirmou que não é a primeira vez que deposita o voto no petista e relatou que sente falta de quando o “Brasil era respeitado internacionalmente.”
“Era uma nação respeitada pelo mundo inteiro. A gente vivia em paz, as pessoas tinham melhores condições de vida. Víamos as pessoas felizes e sem maiores transtornos como agora. Você tinha certeza que tinha alguém olhando pelo povo”, afirmou.
Lourença Procópio, de 50 anos, saiu de Santa Maria de Itabira para ver o petista na Praça da Estação. Ela coleciona memórias afetivas do ex-presidente, porque foi durante o governo Lula que ela conseguiu comprar sua primeira casa própria.
“Eu voto nele desde 1989. Quando o Lula era presidente, eu consegui comprar o meu apartamento, consegui financiar minha casa própria. Ele precisa voltar pelo trabalho social que ele fez nesse país”, concluiu.
Lula e Kalil em BH
O comício desta quinta-feira (18/8) é o segundo ato público de Lula em Belo Horizonte em 2022. Em maio, o presidenciável discursou no Expominas, ainda sem a oficialização da união a Kalil. No mês seguinte, esteve em Uberlândia, no Triângulo, onde também esteve em palanque ao lado do ex-prefeito de Belo Horizonte e do senador Alexandre Silveira (PSD), candidato novamente ao posto parlamentar.
Lula afirmou que o colégio eleitoral de Minas terá importância na busca por votos em todo o país e garantiu que virá mais vezes ao estado. “Minas tem a diversidade e a complexidade do país. O país é grande, este ano a campanha é muito curta, e esta é uma eleição para selar o compromisso dos brasileiros com a democracia, com a paz, com a inclusão social, com nossa soberania e independência”.
Para consolidar a aliança de Lula com Kalil, o deputado Reginaldo Lopes (PT) teve de abrir mão da disputa no Senado. Logo, possibilitou que Alexandre Silveira se colocasse como o nome da chapa para o cargo. Dentro da articulação, o deputado estadual André Quintão foi confirmado como o vice de Kalil no governo.
Divulgada na segunda-feira (15/8), a primeira pesquisa Ipec após o registro das candidaturas apontou que Lula venceria Jair Bolsonaro (PL) em Minas por 39% a 26%. Por sua vez, Kalil está 18 pontos percentuais atrás do governador Romeu Zema (Novo), que tem 40% das intenções de voto, contra 22% do pessedista. O levantamento está registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG%u201002868/2022.