Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES

Silveira: 'Zema só pagou os servidores em dia, não teve nada de mudança'

Um dos postulantes ao Senado por Minas Gerais, Alexandre Silveira (PSD), subiu ao palanque neste sábado (20/8) em Contagem, na Grande BH, ao lado do candidato ao governo estadual, Alexandre Kalil (PSD), e da prefeita da cidade, Marília Campos (PT). 





Durante o evento, Silveira afirmou à imprensa que o governador Romeu Zema (Novo), maior opositor da sua chapa, aumentou a dívida do estado e que pagar servidores em dia não deveria ser motivo de comemoração.

“A dívida de Minas aumentou absurdamente nos últimos anos, graças a uma medida judicial que o governo obteve que suspendeu o pagamento. Então, quando vemos as pessoas do governo comemorando de poder ter simplesmente colocado o salário dos servidores em dia, foi só isso que aconteceu nos últimos anos. Nós temos que fazer a conta: aumentou a dívida e pagou o servidor. Então, não teve nada de criativo, não teve nada de mudança, nada de uma melhoria na gestão que pudesse justificar essa dita aprovação do governador que tanto se alardeia”, afirmou. 
 
De acordo com o levantamento do Instituto Datafolha divulgado nessa quinta-feira (18/8), 47% dos entrevistados aprovam a gestão do governador Romeu Zema (Novo) em Minas Gerais, 15% reprovam e 33% avaliam como regular. 





Zema também lidera as pesquisas de intenção de voto. Nova rodada de pesquisa para o governo de Minas, realizada pelo Instituto F5 e publicada com exclusividade pelo Estado de Minas, mostra o atual governador com 46,4% das intenções de voto, seguido de Kalil, com 29,1%. 

Além disso, Silveira também criticou o que ele chamou de “falta de mineiridade” da gestão atual. Para o senador, Zema não tem diálogo e não faz “boa política” com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e, por isso, não conseguiu aprovar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) junto ao Poder Legislativo mineiro. Silveira ainda completou, afirmando que o governador teve sorte de não ter sido impedido por não ter construído apoio na ALMG. 
“O grande condutor do processo político é o governador do estado. Quando ele não constrói maioria da Assembleia é porque faltou diálogo, faltou convergência, faltou boa política e faltou mineiridade. Perder a maioria no Legislativo, a gente sabe que é muito difícil. Todos que perderam a maioria, terminaram caçados e impedidos. Esse governador deu muita sorte de não ter sido impeachmado pela Assembleia, já que ele não construiu uma base sólida desde o princípio”, afirmou.





Para o pessedista, essa falta de diálogo com a ALMG se refletiu nas articulações entre o estado e o Congresso Nacional. Silveira ressaltou que Romeu Zema não procurou os três senadores de Minas Gerais para discutir a questão da dívida e que, por isso, não houve intermediação do Senado junto ao Poder Judiciário para buscar uma saída mais branda. 

“Eu sou senador da República há quase oito meses, mas venho acompanhando o trabalho do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do senador Carlos Viana em Brasília. Em nenhum momento, os três representantes do estado foram procurados pelo governador para intermediar, junto ao judiciário e à União, a renegociação dessa dívida de Minas Gerais. O que demonstra, de forma inequívoca, a falta de capacidade política do governo de poder se articular com os seus representantes legítimos”, disse.
“Eu me coloquei à disposição várias vezes ao governador e ao seu secretariado para poder atender Minas Gerais. Hoje Minas tem a alegria de ter o presidente do Congresso Nacional mineiro e em nenhum momento fomos procurados para ajudar na intermediação dessa negociação que poderia, perfeitamente, ter impedido o estado de chegar a beira do colapso, a beira de um processo de recuperação fiscal que vai trazer muitos danos à sociedade com contenção de investimentos na saúde, na educação e na segurança”, completou Silveira. 




 

O "Beabá da Política"

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