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Estado de Minas BATE-BOCA

Candidato bate-boca com Ricardo Salles em São Paulo: 'Ecocida'

Candidato a deputado federal, ex-ministro do Meio Ambiente é questionado por crimes ambientais cometidos até o ano passado, quando deixou a pasta


20/08/2022 21:21 - atualizado 20/08/2022 22:29

Ricardo Salles em passeata
Ricardo Salles fica nervoso quando candidato do Psol o chama de 'ecocida' (foto: Reprodução/Instagram)
 
O candidato a deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL-SP) bateu boca com o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) durante campanha nas ruas de Franca-SP neste sábado (20/8). Cortez chamou o ex-ministro, que tenta vaga como deputado federal, de “ecocida' devido às investigações de crime contra o meio ambiente

"Vocês vão tudo para a cadeia pelos crimes que cometeram: genocídio, fake news e tráfico internacional de madeira. Lugar de ecocida é na cadeia", afirmou Guilherme Cortez 

“É uma vergonha o senhor estar aqui na nossa cidade. Você não é bem-vindo. Você é uma vergonha para este país”, disse o candidato do Psol.  “Você deveria estar preso e não aqui fazendo campanha”, disse o postulante a uma vaga na Câmara estadual.
 
Durante o bate-boca, Salles interrompeu Cortez para ofender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Vocês é que estavam na cadeia”, disse o ministro. 
 
 
O ex-ministro perdeu a paciência e aumentou o tom na conversa, colocando o dedo no rosto de Cortez. 

“Você é que não é bem-vindo”, emendou.  “Vocês são uns ladrões, bunda mola, bando de vagabundos, idiotas e ladrões”, disse Salles. 
 

Investigação

 
No ano passado, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmem Lúcia autorizou investigação contra o ex-ministro sob acusação de crimes como advocacia administrativa, criar dificuldades para a fiscalização ambiental e atrapalhar investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Ele teve os sigilos fiscal e bancário quebrados por autorização do próprio STF. 

Salles também é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por tráfico de influência. Ele é investigado por fazer pressão em policiais, delegados, juízes e usar relações pessoais e cargo político para tentar direcionar inquéritos e processos. Ele deixou o Ministério de Meio Ambiente em junho do ano passado. 


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