A Força Aérea Brasileira (FAB) transportou a relíquia da cidade do Porto, em Portugal, até a base aérea de Brasília, em uma aeronave VC-99, do Grupo de Transporte Especial (GTE) da Força Aérea Brasileira (FAB). O coração veio em uma cabine de passageiros, junto com três autoridades portuguesas e um representante do governo brasileiro.
Ao chegar no destino, o órgão e os representantes portugueses foram recebidos por autoridades como o embaixador de Portugal no Brasil, Luiz Felipe Melo, e os ministros da Defesa e da Saúde, Paulo Sérgio Nogueira e Marcelo Queiroga.
Nesta terça-feira (23/08), haverá uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros membros do governo, para receber o órgão no Palácio do Itamaraty, que ficará no Brasil até o dia 8 de setembro, quando retorna à Portugal. A Polícia Federal e as Forças Armadas devem fazer a segurança da relíquia neste período.
O valor gasto pelo governo Brasileiro para trazer o coração de Dom Pedro I não foi divulgado. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, as negociações para a vinda ao Brasil começaram em fevereiro deste ano. Em Portugal, o Instituto Médico Legal da Universidade do Porto e a Câmara de Vereadores da cidade do Porto autorizaram a viagem.
Relíquia no Brasil
Em 1972, durante a ditadura militar, parte da ossada do imperador foi exposta em várias cidades brasileiras. Na ocasião, o evento também fazia parte das celebrações da Independência do Brasil.
O imperador Dom Pedro I foi responsável por declarar a independência do Brasil. Os restos mortais do português estão sepultados na cripta imperial, no Parque da Independência, em São Paulo. Já o coração é mantido em Portugal, na capela-mor da igreja de Nossa Senhora da Lapa, na cidade de Porto.