Candidato do PSD ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil disse, nesta segunda-feira (22/8), que o comício do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada, em Belo Horizonte, aconteceu "no lugar errado". Para Kalil, o espaço da Praça da Estação foi pequeno para comportar o público presente ao evento.
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O ato de quinta-feira (18) foi o primeiro grande comício da campanha presidencial de Lula. Durante o discurso na Praça da Estação, o ex-presidente prometeu se empenhar na campanha do PSD mineiro. Ele afirmou, inclusive, ter comparecido ao ato realizado em BH "por causa" de Kalil.
"Kalil, quero que você saiba: vamos eleger você governador. Pode saber que vamos ser parceiros e fazer este estado crescer. Este estado não será apenas exportador de minério de ferro. Este estado não vai ter mais Mariana e Brumadinho", afirmou, em referência às tragédias ambientais que se abateram sobre as cidades em 2015 e 2019, respectivamente.
Lula deve voltar a Minas Gerais antes do primeiro turno. A ideia é levá-lo a Ipatinga, no Vale do Aço, e a Montes Claros, no Norte, já no próximo dia 8. Como mostrou mais cedo o Estado de Minas, Ipatinga é uma das bases eleitorais do senador Alexandre Silveira (PSD), que concorre à reeleição com o apoio do PT.
Ex-prefeito diz que combate à fome é 'questão de coração'
No Dandara, Kalil falou, ainda, sobre a necessidade de formular políticas para reduzir as desigualdades sociais. Ele citou as 33 milhões de pessoas que passam fome no país - o número foi retirado de levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).
"O prejuízo anual do governo (estadual) é de R$ 11 bilhões - o próprio governo disse. Então, em vez de dar prejuízo de R$ 11 bilhões, que dê de R$ 12 bilhões, mas coloque R$ 1 bilhão para combater a fome", disse, mencionando o deficit apontado pela equipe de Romeu Zema (Novo) na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023. "O crime que está sendo cometido diz respeito ao orçamento, a cuidado com gente que precisa. Não é questão de ideologia, mas de coração", completou.