Os bolsonaristas não economizaram ofensas ao apresentador William Bonner. Gritos de "lixo", "verme" e "cala a boca, Bonner" eram os que mais se ouviam.
Ao longo de toda a sabatina, os eleitores do presidente questionaram a imparcialidade do jornalista com reações intempestivas. Especialmente no momento em que Bolsonaro afirmou que Bonner espalhava "fake news" ao lembrar que ele xingou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O momento de maior tensão da plateia ocorreu quando Renata Vasconcellos mencionou a queda de quatro, dos cinco ministros que passaram pelo Ministério de Educação - Ricardo Velez Rodrigues, Abraham Weintraub, Carlos Decotelli e Milton Ribeiro. Este último, lembrou a apresentadora, caiu após a descoberta de um esquema de propinas pagas em barras de ouro a pastores de denominações evangélicas.
"E o Lula?", argumentou um apoiador que acompanhava a sabatina pela TV. A resposta do presidenciável foi aplaudida.
Correligionários
Políticos de Minas aliados de Bolsonaro também foram ao posto acompanhar a entrevista e se manifestaram. Cleitinho Azevedo (PSC), que busca uma vaga no senado por Minas Gerais, é um deles. "Talvez eu não fosse nem candidato se o presidente, lá em Brasília, não tivesse gritado e falado: ‘o meu candidato a senador é o Cleitinho, lá em Minas Gerais’", disse Azevedo à plateia.
"Ele me lembra muito (o rei) Davi, porque ninguém aqui é perfeito e Davi também não foi perfeito. E Davi era temente a Deus e o que mais me chama atenção no presidente é isso, ele é temente a deus. Quem é temente a Deus acerta muito mais do que erra", completou o candidato, que diz ter se convertido ao cristianismo em 2016.
Conservador, o candidato a deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) não poupou críticas à Globo ao comentar a sabatina. "Nós vamos assistir uma máquina de mentiras chamada Rede Globo, que está todo dia na casa das pessoas achincalhando e mentindo sobre o nosso presidente Jair Bolsonaro", afirmou.