Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Ministros apontam diferença de tom no JN de Bolsonaro para Ciro

Os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), e das Comunicações, Fábio Faria (PP-RN), apontaram diferenças na condução e até na qualidade da gravação nas entrevistas realizadas, nessa segunda-feira (22/8), com o presidente Jair Bolsonaro (PL), e nesta terça-feira (23/8), com Ciro Gomes (PDT), no "Jornal Nacional", da TV Globo.



Nogueira, um dos principais apoiadores do governo, foi às redes sociais parabenizar o programa pela "excelente condução da entrevista" com Ciro Gomes, mas ironizou dizendo que o mesmo tratamento "não foi possível com o presidente Bolsonaro".

Também nas redes sociais, Faria disse que o apresentador William Bonner "não esqueceu Bolsonaro", pois, segundo ele, as perguntas para o pedetista foram feitas para "falar inverdades do governo".

A ambientação também não escapou das observações do ministro da Comunicação.



 
"Melhoraram microfone, luz, tom de voz, o roteiro está ameno, sem agressividade, sem ironias, sem caretas e sem interrupções", afirmou.

Ciro Gomes foi o segundo candidato ao Palácio do Planalto a ser sabatinado pelo jornal. Na última segunda-feira, Bolsonaro foi entrevistado. Neste ano, as entrevistas têm duração de 40 minutos, 13 a mais que no ano passado.

Ainda nesta semana serão entrevistados Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quinta-feira (25/8); e Simone Tebet (MDB), na sexta (26/8).

REDES SOCIAIS

A deputada e apoiadora do Bolsonaro, Carla Zambelli (PL-SP) disse que os entrevistadores do Jornal Nacional foram "Tigrão com Bolsonaro - o pacífico - e Thutchuca com Ciro Gomes - o coroné de goela virtual".

A entrevista também foi tratada pelo ex-deputado e ex-aliado de Jair Bolsonaro, Arthur do Val, mais conhecido pela alcunha de Mamãe Falei, que afirmou que só "faltou Bonner e o Ciro pedirem um choppinho" para se referir a um suposto tom ameno na conversa.



Os eleitores também fizeram sua avaliação da sabatina. Apoiadores e criticos ao atual governo ressaltaram a diferença "gritante" no tratamento. Enquanto alguns argumentavam que a mudança era fruto de uma suposta repulsa que a emissora tem pelo candidato à reeleição, outros afirmavam que a diferença se deu por Bolsonaro mentir.