Mais da metade da Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, ficou vazia durante o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL). Às 17h45, quando começou o pronunciamento do candidato, o movimento não passava da área onde fica o coreto, no centro do espaço, embora a Alameda Travessia, corredor que liga as extremidades da praça, entre a Avenida João Pinheiro e o Palácio da Liberdade, concentrasse grande número de apoiadores.
O candidato à reeleição discursou em cima de um trio elétrico no entorno do qual também se aglomeravam eleitores, em uma extremidade do local próxima ao Palácio da Liberdade.
Ambulantes ouvidos pela reportagem disseram que o movimento foi menor do que o esperado para quem imaginava uma praça lotada e mais vendas, como mostram imagens registradas no momento em que Bolsonaro já discursava. Um deles, que preferiu não se identificar, afirmou que segue a campanha de Bolsonaro pelo país. A próxima parada será em Barretos, no interior paulista. Lá, ele espera vender mais.
Thiago Rocha, de 29, e Gabriela Soares, de 35, acompanharam o trajeto do candidato à reeleição desde a manhã, na Pampulha. Eles vendiam faixas, óculos, bandeiras e camisetas com as cores nacionais, além de dizeres e o rosto de Bolsonaro. O casal conta que esperava vender mais, mas entendeu que o fato de o ato ter acontecido em uma quarta-feira pode ter dificultado o movimento.
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"A gente esperava que as vendas fossem melhores, mas Deus abençoou assim mesmo. Mas tínhamos mais expectativa. Fizemos um investimento não apenas em materiais com a imagem do presidente, mas também do Brasil, porque o pessoal deve usar no dia 7 (de setembro, comemoração da Independência) e também na Copa", disse Thiago, que declarou seu voto em Bolsonaro, assim como a companheira.
Um vídeo registrado pela equipe do Estado de Minas mostra como estava a Praça da Liberdade durante o início da fala de Bolsonaro, por volta de 17h50.
Nenhum tipo de depredação
A Polícia Militar não registrou nenhum tipo de depredação ao patrimônio da Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
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Com grades protegendo árvores e monumentos e muitos militares em vários pontos da praça, não foram registrados danos ao mobiliário e vegetação. Mas, como sempre ocorre, há pisoteio do gramado e algumas pessoas sobem em pilares de monumentos. A praça é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).
Com plano de manejo dos jardins e diagnóstico do estado de conservação da Praça da Liberdade a cargo do arquiteto Ricardo Lana, a reabilitação do espaço público passou, durante seis meses de 2018, pela renovação do sistema de iluminação, restauração do coreto, das estátuas de mármore de Carrara e do piso, reinstalação das placas de monumentos e a reformulação do mobiliário.
Além disso, recebeu equipamentos com padrões arrojados de design com a renovação de bancos e lixeiras. O espaço foi inaugurado em 1897 e tombado como patrimônio há 40 anos pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). O custo total foi R$ 5,2 milhões, sendo R$ 2,8 milhões da Cemig e Vale em medidas compensatórias com o estado, e o restante da PBH, que cuidou a iluminação pública, obras de circulação no entorno etc.