O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve, nesta quarta-feira (24/8), na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, onde discursou durante 18 minutos para milhares de apoiadores. Entre os principais pontos da fala do candidato à reeleição, ele frisou o apoio que recebeu de Minas Gerais nas eleições de 2018 e apontou que espera repetir o feito neste ano para “mudar o Brasil”. Além disso, exaltou sua gestão e reforçou que não há um líder “comunista” no país.
Eu também sou mineiro, uai. É uma honra retornar ao estado onde renasci. Não tem preço andar pelos quatro cantos do país e encontrar sempre uma multidão vibrando e sonhando com dias melhores para a pátria. Melhor ainda: cada vez mais, essas cores verde e amarela se fazem presentes por todo o território nacional”, declarou Bolsonaro.
“Ele destacou que “estamos em um momento decisivo”, devido às eleições. “Sabemos da responsabilidade de escolher nossos candidatos. Não queremos a volta da corrupção, a volta daqueles que defendiam, e defendem, a ideologia de gênero; não queremos a liberação das drogas, a legalização do aborto. Queremos a defesa da família, o culto aos nossos símbolos e a liberdade de expressão e religião”, afirmou.
Conforme o presidente frisou, seu candidato à vice, general Braga Netto, é mineiro, nascido em Belo Horizonte. “Dessa vez, como vocês já devem saber, o meu candidato a vice-presidente é de Minas Gerais. O general Braga Netto é filho da terra, qualificado e preparado para me substituir nos momentos de ausência no poder”, apontou. “Estamos em campanha, sim. Temos bons nomes, o Brasil tem bons nomes. Cada vez mais, vamos melhorando o quadro de políticos em Brasília”, completou.
Além disso, Bolsonaro fez questão de exaltar a importância dos mineiros em sua gestão e também na campanha para presidência. “Ao lado de pessoas na Câmara e no Senado e, também, no governo de Minas, daremos impulso para mudarmos o Brasil. Minas é decisiva para qualquer eleição. Tenho certeza que, a exemplo de 2018, teremos uma grande votação aqui em Minas Gerais”, ressaltou.
O presidente ainda brincou com os times mineiros: “Podem ter certeza: depois da eleição, seremos campeões mundiais de futebol mais uma vez. O Cruzeiro vai subir, o Galo vai voar e o América continuará na primeira divisão.”
“Eu também sou apaixonado por vocês (mineiros). Mando um abraço aos homens e um beijo às mulheres. Minas é o coração do Brasil, a terra da liberdade. Minas é a história do Brasil. Nestes 200 anos da Independência é impossível não falarmos de Minas Gerais. Aqui é a semente da nossa Independência, a semente do nosso futuro”, afirmou.
E garantiu, ainda, que terá novas datas no estado até outubro. “Até as eleições, voltaremos mais vezes a Minas Gerais. Aqui, está o futuro do Brasil, a certeza de que nossa liberdade continuará a valer por muitos e muitos anos”, garantiu.
“Na cadeira de presidente não temos um comunista”
Durante o discurso, Bolsonaro também exaltou o trabalho feito durante sua gestão na presidência. “Trabalhamos duro para reduzir os preços dos combustíveis. Hoje, a gasolina e o álcool estão mais baratos. A energia elétrica também está barata”, apontou.
“O mundo, sem o Brasil, passa fome. Hoje, o Brasil é uma potência: não é mais o país do futuro, mas do presente. É um país que nos orgulha cada vez mais”, completou.
Ele continuou: “Liberamos armas de fogo para os cidadãos de bem. As ditaduras são precedidas por movimentos desarmamentistas. No meu governo, é diferente. Não temos medo de armar o cidadão de bem. Mais do que a segurança de cada um de vocês, é a garantia de que ninguém escravizará o nosso povo.”
O chefe do Executivo fez questão também de atacar os governistas de esquerda. “Ser presidente é difícil, mas um grande orgulho que tenho é saber que, naquela cadeira em Brasília, não há um comunista sentado. Lá não tem foice e martelo; tem liberdade, respeito ao povo e respeito à família brasileira”, afirmou.
“Agradeço a Deus pela minha segunda vida, dada em Minas Gerais. Também agradeço a ele a missão de conduzir o destino da nação. Tenho certeza: se esta for a vontade dele, continuaremos lá por mais quatro anos”, disse ele, relembrando a facada que sofreu durante a campanha de 2018, em Juiz de Fora.
Ele apontou que fez uma gestão diferente dos demais presidentes. “Vocês, hoje, têm um governo que deve lealdade ao povo e respeita o país. O Brasil vem experimentando um governo completamente diferente daqueles que assaltaram nossa pátria ao longo de décadas”, declarou.
E, por fim, relembrou a entrevista da última segunda-feira (22/8), no “Jornal Nacional”, pela repercussão que teve nas redes sociais com as palavras-chave que deveriam ser mencionadas em suas respostas, mas que acabou sem citar nenhuma. “Naquela colinha da TV Globo, o mais importante era o país escrito na minha mão: a Nicarágua. É um país cujo governo tem o apoio de Lula da Silva. É um país onde não se tem mais liberdade, onde fecham-se emissoras de rádio católicas e padres são presos. Na América do Sul, por mais que tentem pintar outros países de vermelho, o Brasil continuará verde e amarelo”, concluiu.