A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou para o dia 8 de setembro o primeiro comício de campanha no Rio de Janeiro. O ato ocorrerá um dia após os atos planejados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na cidade, com participação das Forças Armadas, no Dia da Independência.
O palanque petista será montado na praça Rui Barbosa, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Bolsonaro fará seu ato em Copacabana, zona sul da capital.
Petistas e membros da campanha de Marcelo Freixo (PSB), candidato ao Governo do Rio de Janeiro apoiado por Lula, negam intenção uma disputa de espaço com Bolsonaro no estado.
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De acordo com pesquisa do Datafolha divulgada na semana passada, a distância entre o petista e o presidente entre eleitores fluminenses se manteve estável, em seis pontos percentuais -limite máximo da margem de erro.
O Rio de Janeiro, base eleitoral do presidente, é o estado em que as pesquisas mostram disputa mais acirrada no Sudeste, região em que os dois presidenciáveis concentram seus esforços nessa reta inicial de campanha.
Um comício na Baixada Fluminense era um desejo antigo do petista. O ex-presidente considerava, inclusive, ser o local mais adequado para o primeiro palanque após a oficialização de sua candidatura. O evento, porém, acabou sendo marcado na Cinelândia.
"Eu queria fazer na Baixada, não queria vir aqui . Primeiro tentaram desmarcar, e eu não deixei. Depois eu fui derrotado porque eu queria na Baixada, mas disseram que tinha que ser aqui. Quero agradecer a quem me derrotou, porque tem muita gente nesta praça", disse Lula, na ocasião.
A agenda também tem o objetivo de ampliar a vinculação de Freixo à imagem de Lula numa região mais pobre. Esse é um dos objetivos do candidato do PSB com o comício.
Durante o primeiro debate entre os candidatos ao governo estadual promovido pela TV Bandeirantes, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que Freixo não deu atenção à Baixada durante seu mandato. O objetivo foi colar no adversário a imagem elitista e de distanciamento de cidades de fora da capital.
"Para ele, a Baixada não é importante, porque ele nunca se preocupou com a Baixada. Talvez ele não saiba nem onde fica a Baixada", afirmou Castro.
Freixo negou ter ignorado a região durante seu mandato como deputado federal. "Temos R$ 4 milhões de emendas para a Baixada. Minha agenda no último ano tem sido essencialmente na Baixada."
O "Beabá da Política"
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