Um grupo de oito empresários se tornaram alvo de uma operação da Polícia Federal, autorizada por Moraes, por defenderem no Whatsapp um golpe de Estado caso Bolsonaro perca as eleições deste ano para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Todos eles, incluindo Luciano Hang, devem ser ouvidos pelas autoridades e também foi determinado o bloqueio das redes sociais.
Durante a live, Bolsonaro comentou que a determinação de Moraes partiu com base em uma reportagem na mídia sobre o caso. “Temos acompanhado na mídia a questão dessa ação da Polícia Federal, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. Pelo que tudo indica, até o momento, baseado na matéria de um jornal foi quebrado sigilo de todos eles - 8 empresários. Depois foi feita apreensão de celulares e bloqueio de bens.”, observou o presidente.
“Ou seja, a gente espera que o ministro Alexandre de Moraes apresente a fundamentação desta operação o mais rápido possível. Até agora, estou vendo que a escalada contra a liberdade tem se avolumado em cima desses empresários”, acrescentou Bolsonaro.
Ele ainda apontou que possui uma relação íntima com alguns dos alvos da operação. “Desses 8, dois eu conheço muito bem, troco informações no ‘zap’ comigo e realmente eu quero entender o que está acontecendo, que ninguém sabe”, afirmou.
Além disso, Bolsonaro sugeriu que a troca de mensagens se trata de uma “liberdade de expressão”, garantida na Constituição. Desse modo, ele sugere um desentendimento com o ministro. “No meu entender, não falta mais nada para que realmente possamos ter um problema grave no Brasil provocado por uma pessoa”, disse.
“O que eu sei desses empresários é que são pessoas humildes, simples, que não mereciam este tipo de comportamento por parte de uma pessoa que deveria zelar pelo cumprimento da Constituição”, completou.
Bolsonaro rompe ‘trégua’ com Moraes
Após constantes ataques de Bolsonaro, Moraes propôs uma ‘trégua’ ao convidar o presidente para sua posse na presidência do TSE. Os dois sentaram lado a lado na bancada, junto a outras autoridades.
Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra um trecho da cerimônia em que os dois aparecem em uma conversa “ao pé do ouvido” e contrariaram as especulações de um clima de "turbulência" entre eles. Mas parece que o clima “ameno” foi rompido e Bolsonaro tomará novamente a postura contrária ao ministro.