Neste sábado (27/8), os candidatos à Presidência da República apresentaram pela primeira vez suas propostas aos eleitores na televisão. Na estreia, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a pobreza e os problemas que o país enfrenta, se apresentando como a solução. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, classificou-se como político humilde e honesto, além de ressaltar os problemas que enfrentou durante a gestão, como pandemia, seca, guerra, entre outros.
Lula
Lula tem o maior tempo de televisão entre os candidatos. Neste primeiro momento, o petista pontuou a necessidade de uma "reconstrução" no país. O ex-presidente destaca como a pobreza atinge diversos brasileiros, em especial, o desemprego. Lula também relembra seus mandatos anteriores, pontuando que irá, novamente, trazer as soluções que o país precisa. "A vida do povo vai melhorar, já fizemos uma vez e vamos fazer melhor", destaca.
"Um grande prazer reencontrar você aqui para conversar sobre o futuro do nosso país. A alegria só não é completa porque nesse exato momento milhões de irmãs e irmãos brasileiros, não têm o que comer, a família sofre com os preços que não param de subir e com o salário que mal dá para uma cesta básica. Como é que esse país tão rico retrocedeu tanto? Como pode um governante não se importar com o sofrimento de tanta gente", pontua.
Geraldo Alckmin (PSB), vice do candidato, aparece na inserção, também ressaltando a necessidade de "reconstrução". "Lula representa a alternativa certa para o nosso povo voltar a ter dignidade. Mesmo que a gente não pense igual em tudo, nesse momento algo muito mais importante está em jogo: o desejo de Reconstruir o Brasil e melhorar a vida das pessoas", declarou Alckmin.
Jair Bolsonaro
Na inserção do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, com o segundo maior tempo na televisão, o Chefe do Executivo se destacou como um homem humilde, trabalhador, honesto e também enfatizou a necessidade de "reconstrução". O presidente disse que sua gestão enfrentou problemas como seca, pandemia, guerra, entre outros, mas ainda assim conseguiu atuar em prol da população, gerando empregos e reduzindo impostos. Bolsonaro também apoiou-se no Auxílio Brasil, que foi criado com o intuito de ajudar as famílias em condições mais vulneráveis.
"Assumimos o Brasil com sérios problemas éticos, morais e econômicos, com o tempo fomos arrumando o nosso país. 2020 lamentavelmente também, uma pandemia, que abalou a todos no mundo todo além da vidas perdidas, um sério baque na economia", destaca o presidente neste primeiro momento.
"2022 um novo ano. Tudo começou a voltar a normalidade, os preços dos combustíveis foram lá para baixo e os empregos voltaram a crescer de forma cada vez mais robusta, Quanto mais liberdade tivermos, mais empregos serão criados. Atendemos também 20 milhões de famílias com Auxilio Brasil, atualmente ele é de R$ 600 e esse valor será mantido", afirmou Bolsonaro.
Simone Tebet
A senadora Simone Tebet (MDB) é a terceira candidata com mais tempo no programa eleitoral. Em sua inserção, a parlamentar buscou contar um pouco da sua trajetória política, enfatizando alguns feitos como a primeira prefeita eleita da sua cidade natal e outros cargos ocupados. "Agora o maior desafio de toda a minha vida, sou candidata à Presidência da República", destaca Tebet.
Simone Tebet deixa claro seu posicionamento contrário à gestão de Bolsonaro e afirma que irá "trabalhar com compromisso" pelo povo. "A postura do presidente chocou todo mundo. Onde já se viu negar a vacina no momento que o Brasil mais precisava, vacina que ia salvar vidas. O que não tem sentido, o governo que não cuida, não cuida do mínimo que não proteja, que não acolha, que não tenha afeto pelas pessoas. É isso que nós precisamos mudar", dispara a candidata.
"A política está sendo uma decepção para todo mundo. Enquanto eles brigam eu vou trabalhar sério, assumindo compromissos, fazendo propostas para mudar de verdade a vida dos brasileiros: comida mais barata, saúde, educação, emprego e oportunidades", completa.
Ciro Gomes
Ciro Gomes (PDT), diferentemente dos outros candidatos, apresentou menos propostas e convidou os eleitores a assistirem ao programa eleitoral noturno (às 20h30), pois o candidato alega que seu tempo é muito curto. O pedetista afirma que hoje o Brasil é um dos países que menos cresce economicamente devido à corrupção do país, problemas que ele pretende enfrentar.
"Tem coisa errada para todo lado. Entrar no supermercado hoje em dia é levar susto atrás de susto com o preço das coisas. A verdade é uma só: no Brasil de hoje a vida só melhora para os ricos, determinados tipos de políticos, os oportunistas e os corruptos. É esse sistema que eu quero mudar", destaca o candidato.
Soraya Thronicke
Soraya Thronicke (União Brasil) usou o espaço do programa para se apresentar como a solução para o povo brasileiro. Soraya ressalta a sua vontade de combater a desigualdade e injustiças.
"Não dá mais para conviver entre o medo e o ódio. Também não dá mais para voltar ao centro do passado e nem errar de novo. Não é possível ver um povo tão alegre, trabalhador e otimista como o povo brasileiro sofrendo tanto porque faltam as coisas mais básicas. Eu não admito chamar fome de insegurança alimentar quando a barriga da gente ronca que a gente sente é fome e fome dói", destaca.
Felipe d'Ávila
Felipe d'Ávila, candidato do Novo, com uma breve apresentação de 19 segundos, se destaca como o candidato preparado para o fim da polarização política, se referindo aos candidatos Jair Bolsonaro e Lula.
"Nessas eleições, você vai ouvir promessas de gente que transformou o Brasil nesse caos, de gente que destrói o nosso orgulho de ser brasileiro. Chega desse país dividido, chega de escolher sempre o menos pior vem com a gente", declara o candidato.
Outros candidatos
Roberto Jefferson (PTB), Eymael (DC), Verá Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP), não tiveram inserções na televisão.