Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Homem é baleado no rosto após discussão com candidato a deputado no DF

O candidato a deputado distrital Rubão (PTB) se envolveu em uma tentativa de homicídio na tarde deste sábado (27/8), na Vila Planalto. Após uma discussão supostamente motivada pelo volume de um som automotivo, em frente a um restaurante no bairro, o candidato teria pedido para um integrante da equipe, que estava armado, atirar contra Raimundo Eduardo Pereira Silva, 29 anos, que tentava apartar a briga. A vítima levou um tiro no rosto e está internada no Hospital de Base.



Candidato a deputado distrital Rubão (PTB-DF) teria pedido para que uma pessoa atirasse no rosto de um funcionário de restaurante. (foto: TSE)
Raimundo Eduardo é sobrinho do dono do estabelecimento, o restaurante Tchê Garoto, famoso na região. Ele tentava acalmar os ânimos entre Rubão e o tio, que discutiam por causa do volume do som do carro de Rubão, segundo testemunhas ouvidas pelo Correio, que emitia propagandas de teor político. Depois de mandar o integrante da equipe atirar e perceber que a vítima ficou em estado grave, o candidato e o atirador fugiram.

O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). O crime aconteceu por volta das 14h, quando o estabelecimento ainda estava cheio, devido ao horário de almoço. Ensanguentada, a vítima foi levada para o hospital, onde passa por cirurgia. A família de Raimundo Eduardo afirma que o quadro de saúde dele é estável.

Confronto físico

Testemunhas detalharam que a briga começou porque o candidato do PTB não atendeu aos pedidos do dono do restaurante para que diminuísse o volume do som automotivo, que fazia propaganda política e, segundo o comerciante, incomodava clientes e trabalhadores do estabelecimento.

Os dois chegaram a entrar em confronto físico. Nesse momento, o churrasqueiro Raimundo Eduardo tentou separá-los. Então, Rubão teria ordenado um homem que o acompanhava a atirar contra o jovem. O churrasqueiro correu para dentro do restaurante e, depois, foi levado para o hospital pela esposa do tio, que pediu para não ter o nome divulgado.

Ao Correio, ela afirmou que, cerca de 40 minutos antes do crime, havia acionado a polícia por causa da confusão. No entanto, nenhuma equipe havia aparecido no local.