“A senadora do Bolsonaro”. Foi com esse slogan que Soraya Thronicke se elegeu ao Senado no pleito de 2018. Com 373.712 votos, ao disputar sua primeira eleição, a advogada era do PSL, mesmo partido de Jair Bolsonaro quando se tornou presidente da República.
Thronicke surfou na ‘onda conservadora’ e afirmava, durante a campanha, que Bolsonaro era uma de suas influências para adentrar o mundo político. Ela iniciou sua caminhada participando de manifestações contra o governo Dilma Rousseff.
No Senado, Soraya presidiu a Comissão de Agricultura e também foi vice-líder do governo no Congresso Nacional. Apesar de ser da base governista, a senadora afirmou, durante os dois últimos anos, sua independência em relação a Jair Bolsonaro. O desvínculo veio, principalmente, pela gestão do presidente na pandemia.
Com isso, mesmo não sendo integrante, ela compareceu em diversas reuniões da CPI da COVID, se juntando à bancada feminina, para criticar a forma que o Ministério da Saúde e o presidente lidaram com o enfrentamento do vírus no Brasil.
Após o debate de ontem (28/08) na Band, Soraya foi alvo de bolsonaristas nas redes sociais por ter saído da base governista e, agora, se colocar contra Bolsonaro. O senador Flávio Bolsonaro (PL) ressaltou que a colega de Congresso Nacional é "traidora".
Você que também nunca tinha ouvido falar da candidata Soraya, assim ela foi eleita: "a Senadora do Bolsonaro".
%u2014 Flavio Bolsonaro #B22 (@FlavioBolsonaro) August 29, 2022
A história já mostrou como o eleitor trata os traidores.#DebateNaBand pic.twitter.com/OA7MFMvCrb