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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Kalil e Quintão dividem viagens para conquistar interior e alcançar Zema

Candidato do PSD ao governo mineiro e seu vice, do PT, visitaram regiões distintas do estado nos últimos dias a fim de potencializar as intenções de voto


29/08/2022 17:59 - atualizado 29/08/2022 18:15

André Quintão e Kalil durante caminhada em evento de campanha
André Quintão (esq.) e Kalil formam chapa de oposição a Zema na disputa pelo governo mineiro (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 22/08/22)
Em busca de alcançar o governador Romeu Zema (Novo) em intenções de voto e forçar um segundo turno em Minas Gerais, a campanha de Alexandre Kalil (PSD) se apoia em duas frentes de agendas. Enquanto o ex-prefeito de Belo Horizonte cumpre parte dos compromissos da chapa no interior, o candidato a vice, André Quintão (PT), encabeça uma comitiva que tem passado por outras cidades. Nesta segunda-feira (29/8), enquanto Kalil esteve em Montes Claros, no Norte, Quintão participou de atividades em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

A estratégia, segundo apurou o Estado de Minas, é ampliar a campanha de Kalil e potencializar o postulante do PSD em locais onde o PT é historicamente bem votado. A tática passa, ainda, por visitas a cidades que costumam entregar boas votações a Quintão, deputado estadual desde 2003.

Kalil começou ontem o périplo por Montes Claros. No sábado (27), foi a Varzelândia, município vizinho, que também compõe a Região Norte. Quintão, por sua vez, visitou Araçuaí e Itaobim, no Vale do Jequitinhonha. Na sexta (26), junta, a dupla marcou presença em Curvelo, no Sul mineiro. Hoje, além de Teófilo Otoni, o petista visitou a aldeia dos índios Maxacali, que vive nas redondezas da cidade.

Mesmo nos eventos em que não tem a companhia do candidato a vice, Alexandre Kalil é ladeado por outros petistas. Na incursão ao Norte, esteve o deputado federal Paulo Guedes, um dos integrantes da corrente que defendia a aliança entre o PT e o PSD mineiro mesmo antes do encontro entre o ex-prefeito de BH e presidenciável do partido, Luiz Inácio Lula da Silva. Marcou presença, também, o deputado estadual Virgílio Guimarães, primeiro suplente na chapa liderada por Alexandre Silveira (PSD) na disputa pelo Senado. 

"A participação formal do PT (na chapa de Kalil) pode potencializar a participação dos petistas e dos movimentos sociais na campanha - principalmente no interior", projetou o candidato a vice, ao EM, há quatro meses, quando foi incorporado oficialmente à campanha.

Segundo a mais recente pesquisa do Instituto F5 Atualiza Dados sobre a corrida rumo ao Palácio Tiradentes, Romeu Zema tem 46,4% das intenções de voto. Kalil, o segundo colocado, aparece com 29,1%. Depois, vêm Viana (5,7%), Vanessa Portugal (1,4%) e Pestana (1,3%). Por causa da margem de erro de 2,5 pontos percentuais, a candidata do PSTU e o tucano estão tecnicamente empatados.

Renata Regina (PCB), Cabo Tristão (PMB), Lorene Figueiredo (Psol), Indira Xavier (Unidade Popular) e Lourdes Francisco (PCO) não romperam a barreira do 1%. A pesquisa está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-04382/2022 BR-08433/2022.

Amanhã, Kalil estará em Governador Valadares, no Vale do Aço. Segundo interlocutores, a semana do candidato do PSD terá, ainda, passagens por Uberlândia (Triângulo), Juiz de Fora (Zona da Mata) e Varginha (Sul).

O telefonema de Lula a Kalil


Há dois dias, Kalil participava de uma cavalgada em Varzelândia quando recebeu uma ligação de Lula. "Falei: presidente, estamos rodando por lugares onde o senhor é adorado, o senhor é amado, o senhor tem serviço prestado. Ele tem a plena confiança do que estamos vendo o Norte de Minas", disse, ao contar a apoiadores o conteúdo do telefonema.

Hoje, em Montes Claros, o concorrente do PSD apostou nas críticas a Zema e repudiou o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), visto pelo governo mineiro como saída para refinanciar a bilionária dívida estadual junto à União. O plano de ajuste econômico tem contrapartidas como a trava que impede a realização de novos concursos públicos - salvo quando há vacância de cargos.

"Problema de saúde se resolve com gente. Quem cuida de gente, é gente. Quem salva vidas são médicos, enfermeiras e intensivistas. Se não pode contratar gente, não vai ser muro, concreto e equipamento que vai resolver o problema de saúde de Montes Claros", afirmou


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