Os mandados de busca foram emitidos após o grupo supostamente ter defendido, por meio de mensagens no WhatsApp, a realização de um golpe de Estado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Bolsonaro nas eleições presidenciais, em outubro.
Durante sabatina organizada pelo Instituto União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) com candidatos à presidência da República, em um discurso sobre “liberdade”, o chefe do Executivo disse que também deveria ser incluído no inquérito, uma vez que conhecia dois dos alvos da operação, a qual caracterizou como “coisa absurda”.
“Se acabar meu governo, e todo mundo ficar um pouco mais pobre, mas não perder sua liberdade, vai recuperar esse patrimônio. Agora, se acabar meu governo, e vocês perderem a liberdade, nós não temos para onde correr, para uma operação acolhida para nós. Tem muita coisa em jogo, mas tem certas coisas para nós que são vitais, como a nossa liberdade. A gente vê o tempo todo ela sendo açoitada”, comentou.
Ainda sobre o grupo de empresários bolsonaristas, o presidente pediu para ser incluído no inquérito "porque com dois deles eu tinha contato". "Me bote no inquérito. Um inquérito feito sem consultar o MP (Ministério Público), se faz busca e apreensão sem consultar o MP, e nós temos um ordenamento jurídico em nosso país. Isso influencia a vida de todo mundo.”
"O momento não é de a gente ficar quieto, 'ah, não é comigo, vou ficar quieto', é de cada um fazer a sua parte, não aceitar reclamando, apontando os problemas. É inacreditável o que está acontecendo no Brasil", emendou.
"Quando vimos um deputado ser preso por nove anos. Falou besteira, falou? Nove anos de cadeia? Homicídio começa com seis", completou, em referência ao deputado federal Daniel Silveira (PTB). "Liberdade de expressão ou você tem ou não tem. Quais são os limites? Até onde eu posso ir ou vocês podem ir? E se alguém ultrapassou, já tem a legislação para processar alguém por calúnia, difamação, injúria, seja lá o que for. A liberdade é algo sagrado para nós", destacou.
Lula
Por fim, aproveitou para alfinetar o ex-presidente Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto, e as escolhas de outros países da América do Sul em relação a seus presidentes. “Se um vizinho tem um carro que vive dando problema, você não vai comprar um carro da mesma marca. e aqui a gente está vendo o que está acontecendo.”