O ex-juiz Sergio Moro (União-Brasil), candidato ao Senado pelo Paraná, comparou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB).
O post foi feito nesta quarta-feira (31/8), depois que Lula acusou Moro de condená-lo por interesse político. “Mesmo com tantas absolvições, tem gente que insiste em não reconhecer”, afirmou o ex-presidente.
“Não tenho dúvidas de que você, Lula, é tão inocente como o Eduardo Cunha. Ser beneficiado por um erro do STF não te absolve. O Tribunal de Porto Alegre e o STJ também te condenaram. E o STF não disse que você é inocente. Pare de mentir ao povo”, respondeu Moro nas redes sociais.
Não tenho dúvidas de que vc, Lula, é tão inocente como o Eduardo Cunha. Ser beneficiado por um erro do STF não te absolve. O Tribunal de Porto Alegre e o STJ também te condenaram. E o STF não disse que vc é inocente. Pare de mentir ao povo. pic.twitter.com/U1GLtnulEE
%u2014 Sergio Moro (@SF_Moro) August 31, 2022
Lula e Moro
Em 2017, Moro proferiu contra Lula uma sentença de 9 anos e meio de prisão eplo aso do triplex do Guarujá, aumentada para 12 anos e um mês em janeiro de 2018 pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), corte de segunda instância, e reduzida depois a oito anos e dez meses em 2019 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Lula, de 75 anos, esteve preso por este caso de abril de 2018 a novembro de 2019.
O ex-presidente foi condenado, ainda, a 17 anos de prisão em outro julgamento iniciado por Moro, mas concluído por sua sucessora quando o juiz deixou a magistratura para se tornar ministro.
Essas duas condenações foram anuladas em abril de 2021 pelo ministro Edson Fachin, do STF, por considerar incompetente a 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar os casos, determinando que sejam reiniciados na Justiça Federal do Distrito Federal. A decisão habilitou Lula a disputar as eleições presidenciais de 2022.
Também em abril, depois da decisão de Fachin, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que Sergio Moro agiu com "parcialidade" no julgamento que levou à primeira condenação do ex-presidente Lula por denúncias de corrupção.