O jornalista Fernando Gabeira comentou, nesta quarta-feira (31/8), o escândalo da compra de imóveis em dinheiro vivo por irmãos e filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL). O jornalista participou esta noite do jornal das 18h, da Globonews, ocasião em que ironizou o episódio.
“Isso não é apenas uma família, é uma agência imobiliária. Eles negociaram mais de 100 imóveis de 1990 para cá. Eu não sou exemplo, porque não tenho imóvel e não negocio. Mas uma família normal não negocia tantos imóveis. Acho que eles estão muito envolvidos nesse negócio”, afirmou.
“Isso não é apenas uma família, é uma agência imobiliária. Eles negociaram mais de 100 imóveis de 1990 para cá. Eu não sou exemplo, porque não tenho imóvel e não negocio. Mas uma família normal não negocia tantos imóveis. Acho que eles estão muito envolvidos nesse negócio”, afirmou.
O fato mencionado por Gabeira foi exposto nesta quarta em reportagem publicada pelo UOL. Segundo a matéria, desde os anos 1990, Bolsonaro, seus irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais ao menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo.
A informação consta nos cartórios em que os imóveis foram registrados. A expressão utilizada nos documentos sobre o modo de pagamento "em moeda corrente nacional". Os repasses em espécie encontrados pelos jornalistas, referentes a totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.
A informação consta nos cartórios em que os imóveis foram registrados. A expressão utilizada nos documentos sobre o modo de pagamento "em moeda corrente nacional". Os repasses em espécie encontrados pelos jornalistas, referentes a totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.
Não é possível saber a forma de pagamento de 26 imóveis, que, juntos, somaram pagamentos de R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos). A informação, conforme o texto do Uol, não consta nos documentos de compra e venda. Transações por meio de cheque ou transferência bancária envolveram 30 imóveis, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).
Ao menos 25 propriedades deles foram compradas em circunstâncias que suscitaram investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal.
“Qual o problema?”, questiona Bolsonaro
O presidente chegou a comentar as revelações da reportagem. Após participar de uma sabatina promovida pela Unecs (União Nacional do Comércio e dos Serviços), em Brasília. o mandatário disse: “Qual é o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel, eu não sei o que está escrito na matéria... Qual é o problema?", argumentou.