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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro sobre imóveis: 'Por que fazem isso com a minha família?'

'É uma maneira de desgastar, não vão conseguir desgastar', afirmou o presidente


01/09/2022 16:06 - atualizado 01/09/2022 16:23

Jair Bolsonaro fala em entrevista
Presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a venda imóveis (foto: Alan Santos/PR)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar, em entrevista concedida na quarta-feira (31/8), uma investigação jornalística sobre a negociação de imóveis em dinheiro vivo por ele e outros familiares.

“Por que fazem isso em cima da minha família? Metade dos imóveis é de um ex-cunhado meu. O que eu tenho a ver com ex-cunhado? Não vejo esse cara há um tempão. E buscam uma maneira, 30 dias antes, um levantamento feito pela Folha – que não tem qualquer credibilidade – me acusar disso. Bota a minha mãe, que já faleceu, nesse rol também”, disse Bolsonaro à Jovem Pan. 

Um trecho da entrevista foi divulgado nesta quinta-feira (1º/9).  “Vem pra cima de mim, vem pra cima de mim. E ponto final. Agora, é uma maneira de desgastar, não vão conseguir desgastar. Eles querem é eleger você sabe quem, não vão ter sucesso”, prosseguiu o mandatário.

Anteriormente, na terça-feira (30/8), o presidente tinha questionado a função das investigações. "Qual é o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel, eu não sei o que está escrito na matéria... Qual é o problema?", disse, após participar de uma sabatina promovida pela Unecs (União Nacional do Comércio e dos Serviços), em Brasília.

Compra com dinheiro vivo

 A informação sobre a família Bolsonaro foi publicada nesta terça-feira (30/8) no portal UOL
 

As compras registradas nos cartórios com o modo de pagamento "em moeda corrente nacional", expressão padronizada para repasses em espécie, totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.

Não é possível saber a forma de pagamento de 26 imóveis, que somaram pagamentos de R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos) porque essa informação não consta nos documentos de compra e venda. Transações por meio de cheque ou transferência bancária envolveram 30 imóveis, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).

Ao menos 25 deles foram comprados em situações que suscitaram investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal. 
 
 


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